Os jovens tiveram a iniciativa de confeccionar aproximadamente 200 abadás com a frase ‘Força Narzin’. Com a venda das camisetas, eles esperavam angariar fundos para o tratamento de quimioterapia realizada pelo jovem em uma clínica particular de Manaus (AM). Para concluir o tratamento, o jovem precisa de R$ 45,6 mil.
Segundo um dos organizadores da ação, Ronney Freitas, nos anos anteriores o grupo participava junto com Narzin das noites de carnaval, mas por causa da doença o amigo não pôde estar junto este ano.
Todo dinheiro arrecadado será para o nosso amigo Narzin. Temos certeza que ele vai vencer essa. Ele é um pai de família dedicado e merece vencer . Me emociono em falar dele. No ano passado ele foi o estilista do nosso abadá e como nesse ano ele não pôde participar, estamos aqui em força. Quero dizer para ele: Força Narzin, e o CDH ama você”, declara emocionado.
Os amigos enviaram um dos abadás para Narzin, em Manaus, que recebeu o presente como uma motivação para lutar contra a doença. “Todos ali são verdadeiramente amigos, de chamar de irmãos. Foi muita emoção. A atitude deles só fortalece a minha vontade de vencer e na luta que estou passando. Renova todas as minhas forças ao saber que amigos estão torcendo e orando”, agradeceu.
Os primeiros sintomas da doença surgiram em setembro de 2013, quando um nódulo apareceu no lado esquerdo das costas de Narzim, com aparência de um cisto. O homem procurou o hospital , mas só conseguiu cirurgia para março de 2014. No entanto, como ele estava viajando à trabalho, acabou perdendo a cirurgia. Em abril conseguiu uma consulta particular e realizou a primeira cirurgia do nódulo, ainda sem saber que se tratava de um tumor maligno.
“O doutor achava que era um cisto de massa, disse que não tinha raiz e que não precisava de biópsia. Ele perguntou até se eu queria levar o que foi retirado, mas como ele tinha dito que não era nada nem levei”, recorda.
Após 15 dias, o local onde o tumor foi removido continuava inchado. Uma nova cirurgia foi feita para a retirada de material para biópsia. O resultado do exame feito em uma clínica particular diagnosticou, em abril de 2014, a presença de um tumor maligno. Ele recebeu laudo médico para encaminhamento de urgência pra a capital, Rio Branco, pelo Tratamento Fora de Domicílio (TFD).
Pelo TFD eles só iam liberar as passagens em 20 ou 30 dias, foi quando decidimos ir pra Rio Branco por conta própria. Como já tínhamos a biópsia em mãos foi mais rápido. Chegamos lá em uma segunda, quando foi na terça já fomos no Unacon (Hospital de câncer do Acre), e a demora para minha cirurgia foi só do tempo de agilizar os exames que o doutor de lá pediu”, lembrou.
A cirurgia ocorreu em Rio Branco no dia 12 de junho de 2014. Após um mês, ele foi encaminhado para radioterapia. No início de novembro, após a recuperação da cirurgia, Narzin começou a sentir dores do outro lado das costas
“Falei para doutora que estava sentindo dores do outro lado, no ombro do lado direito. Ela falou que era porque eu estava poupando o lado esquerdo. Perguntei se ela não iria pedir nenhum exame e ela disse que naquele momento não tinha necessidade e que só com três meses quando fôssemos para o retorno ela ia pedir exames, e nós voltamos para casa”, pontuou.
Como o retorno só deveria acontecer em fevereiro deste ano, Narzin junto com a esposa foram de férias, para Manaus (AM), onde passaria 15 dias. As dores nas costas continuavam e, ao procurar um hospital, um raio-X foi feito revelando uma mancha. Ele foi encaminhado para o Hospital do câncer de Manaus e diagnosticado com um novo tumor, dessa vez do lado direito, entre as costelas. Com o tumor crescia muito rápido, pressionado o pulmão, Narzin foi proibido pelo médico de viajar.
Uma cirurgia deveria ter sido feita no dia 23, mas não pôde ser realizada, já que após uma ressonância foi descoberto outros dois tumores, um no meio do peito, outro na axila. Com o diagnóstico, Narzin deveria começar o tratamento com quimioterapia o mais breve possível. Como pelo SUS, segundo ele, só haveria vaga no mês de abril, ele decidiu buscar tratamento numa clínica particular.
“O tratamento é cerca de R$ 13 mil por sessão. A médica daqui [de Manaus] está fazendo por R$ 7,6 mil a sessão. Cada sessão tem quatro aplicações e eu tomo uma aplicação por dia. Aí vem o período de 21 dias de repouso e novamente mais quatro dias e assim até o fim do tratamento. Tivemos a notícia de que o hospital vai passar a atender pelo SUS, mas até lá vou ter que continuar pagando”, relatou.
O tratamento de Narzin é composto por seis sessões e até agora passou apenas pela 1ª. Narzin recebe apenas a ajuda de familiares e amigos, como a ação realizada pelo grupo CDH. Interessados em ajudá-lo podem entrar em contato através do telefone (68) 9978 8606. Algumas outras ações também acontecem em favor de Narzim, como uma rifa realizada pelos amigos de trabalho em Rodrigues Alves e outra pelos amigos da faculdade em Cruzeiro do Sul.
“E é com a ajuda dos amigos e da família que eu estou conseguindo pagar esse tratamento. Se não fosse isso a coisa estaria feia pro meu lado. Só tenho a agradecer a Deus e pedir bençãos a cada um que me ajuda”, finalizou.
fonte g1
