Após cheia atingir 50 mil famílias, Marcus Alexandre decreta Estado de Calamidade Pública na capital


O prefeito Marcus Alexandre assinou na manhã deste domingo, primeiro de março, no Parque de Exposições marechal Castelo Branco, onde está montado o maior abrigo público para atender as famílias atingidas pela cheia do rio Acre, o Estado de Calamidade Pública nas áreas afetas pela ocorrência de enchentes.
O Estado de Calamidade Pública foi decretado baseado no artigo 58, inciso 87 e no artigo 92,caput, da Lei Orgânica Municipal, em observância ao artigo 2º, inciso III, do decreto federal nº 7257, de 04 de agosto de 2010 e parágrafo 2º do artigo 3º da lei 12.340, de primeiro de dezembro de 2010.
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Na manhã deste domingo, na medição das 12h, o nível do rio Acre atingiu a cota de 17,47 metros, superando em 3,47 metros a cota de transbordamento. Com isso, há um quadro evolutivo da enchente do rio Acre, agravando a situação de milhares de famílias que já foram atingidas pela cheia.
O número de famílias atingidas pela cheia do rio Acre e que estão em abrigos montados pela prefeitura de Rio Branco em parceria com o governo do Estado e do governo federal é de 1.461, totalizando até o presente momento 5.162 pessoas atendidas pela prefeitura.
Além do abrigo montado no Parque de Exposições marechal Castelo Branco, a prefeitura e o governo montaram abrigos públicos ainda no bairro Comara, na sede do SEST/SENAT, na estrada do Quinari (rodovia AC 040), no SESC/Bosque, na avenida Getúlio Vargas e há a possibilidade de abrir um quinto abrigo para atender as famílias atingidas.
Além das residências, quatro unidades de saúde e quinze escolas da rede pública municipal também foram atingidas pelo transbordamento do rio Acre, comprometendo o atendimento básico de saúde, além do início do ano letivo, programado para o onze de março.
Com a cota do rio Acre chegando a 17,44 metros, de acordo com o Georreferenciamento da prefeitura de Rio Branco, 14.316 residências foram atingidas pelas águas, afetando 50.106 famílias em pelo menos vinte e dois bairros da capital.
“Considerando a quebra da situação da normalidade e dos impactos negativos causados no sistema de transporte, na saúde pública e na segurança global, atingindo grande parte da população e exaurindo-se a capacidade do município em arcar com ônus da magnitude deste evento é que decidimos decretar o Estado de Calamidade”, afirmou o prefeito Marcus Alexandre.