Polícia procura italiano suspeito de golpes imobiliários no acre

A Polícia Civil do Acre procura o empresário Alexandre Braglia, de nacionalidade italiana,  dono de uma imobiliária localizada em Rio Branco. O empresário, que está foragido, é suspeito de ter enganado mais de 60 clientes que procuravam o local para obter a casa própria. De acordo com a polícia, durante a semana passada foi cumprido o mandato de prisão contra o suspeto, mas ele não foi localizado. A polícia acredita que mais de R$ 1 milhão pode ter sido roubado dos clientes.
O delegado responsável pelas investigações, Odilon Neto, explicou como o empresário atraia as vítimas através de anúncios feitos pela internet.  O delegado informou que o suspeito contava para os clientes que tinha os prazos de regularização dos imóveis mais baixos do mercado e pedia uma entrada do acordo. "Ele solicitava uma entrada para fazer uma regularização do imóvel, o que é um procedimento demorado, ele se aproveitava desse prazo, se apropriava do dinheiro e as pessoas pensavam que o imóvel estava sendo regularizado", conta.
As investigações contra o empresário, segundo Neto, começaram no ano passado, quando algumas pessoas procuraram as delegacias da 1ª e 4ª Regional de Rio Branco. Ainda de acordo com o delegado, foi feito uma vistoria na imobiliária e na residência do suspeito, onde foi encontrado documentos, contratos e algumas mídias da empresa. O local onde funcionava a imobiliária está com placa de venda.
Nós entramos em contato com outros delegados, começamos a investigar e vimos indícios de crimes, solicitamos a representação de busca e apreensão na empresa e na residência e solicitamos a prisão dele também. Agora estamos aguardando, ele está sendo procurado em todo país. Estamos tendo um grande apoio da Polícia Federal, se ele tentar sair do país, vai ser preso", afirma.
Sobre os funcionários da empresa, Neto conta que todos estão sendo ouvidos como testemunhas do caso, porém, caso seja comprovado durante as investigações a participação deles no crime, também serão indiciados. "Os funcionários da imobiliária estão sendo ouvidos como testemunhas, a priori estão colaborando. Os documentos apreendidos na busca estão sendo analisados, caso constate alguma irregularidade  ou aproveito dos funcionários da imobiliária, eles poderão ser indiciados também", explica.
O delegado revelou que a polícia acredita que mais de 60 pessoas possam ter sido vítima do italiano, mas que esse número pode crescer no decorrer das investigações.
fonte  g1