Oito terroristas, todos com coletes de explosivos, atacaram sete locais, entre eles uma sala de espetáculos e o estádio nacional, onde ocorria um jogo de futebol entre as seleções de França e da Alemanha. Segundo a polícia, os oito terroristas foram mortos em operações de segurança.
A França decretou o estado de emergência e fechou as fronteiras para controlar a saída de entrada de pessoas. O presidente François Hollande classificou os acontecimentos dessa sexta como “ataques terroristas sem precedentes no país”.
Estes foram os atentados mais sangrentos na Europa desde os ataques em Madrid, em 2004. Oficialmente, os atentados ainda não foram reivindicados. “Esta terrível provação (…) sabemos de onde vem, quem são estes criminosos, que são estes terroristas”, afirmou Hollande.
O ministério do Interior francês pediu, em comunicado aos parisienses, que se mantenham em casa, e divulgou um número de informações ao público. “As pessoas que se encontrem em casa, em casa de amigos, ou em instalações de trabalho na região parisiense, devem evitar sair, salvo em caso de necessidade absoluta”, de acordo com a página do ministério na internet. A prefeitura de Paris já havia feito essa mesma recomendação ainda na noite de ontem, tendo cancelado também várias linhas de metrô, trem e ônibus que levam aos locais que foram foco dos atentados.
As autoridades criaram uma plataforma online, www.securite.interieur.gouv.fr, para reunir testemunhos que possam ajudar nas investigações.
‘Estado Islâmico’ assume autoria
O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou hoje (14), em comunicado, os atentados terroristas de ontem (13) à noite em Paris, que causaram pelo menos 127 mortos e 180 feridos.
“Oito irmãos, com coletes explosivos e espingardas de assalto, visaram os locais escolhidos cuidadosamente no coração de Paris”, indicou o comunicado dogrupo terrorista.
“Que a França e aqueles que seguem seu caminho saibam que serão alvos do Estado Islamico”, acrescentou a organização extremista sunita.
De acordo com o comunicado, os ataques de Paris foram uma resposta aos “bombardeamentos dos muçulmanos na terra do califado”, termo que o grupo utiliza para designar as regiões do Iraque e da Síria controladas pelo grupo.
A França participa na coligação internacional que realiza ataques aéreos contra os jihadistas do Estado Islâmico no Iraque e na Síria.
O presidente francês, François Hollande, já tinha já atribuído os ataques ao grupo terrorista, que qualificou como um “ato de guerra” cometido por “um exército terrorista” contra a França.
François Hollande pediu aos franceses “unidade e sangue-frio”, ao mesmo tempo em que decretou o “luto nacional por três dias”, na sequência dos ataques terroristas de sexta-feira.
“O que aconteceu ontem é um ato de guerra (…) que foi cometido pelo Estado Islâmico, organizado a partir do exterior e com cúmplices interiores que o inquérito deverá estabelecer”, afirmou Hollande.
O presidente da França acrescentou que falará segunda-feira (16) no Parlamento francês, para informar sobre as medidas que adotará.
Os ataques tereroristas ocorreram em pelo menos seis locais diferentes da cidade, entre eles uma sala de espetáculos e o estádio nacional, onde decorria um jogo de futebol entre as seleções de França e da Alemanha.
A França decretou o estado de emergência e restabeleceu o controle de fronteiras na sequência do atentado cclassificado por François Hollande classificou como “ataques terroristas sem precedentes no país”.
fonte www.jornalatribuna.com