De acordo com a chefe da Casa Civil do Acre, Márcia Regina, o governo já decidiu que vai fazer uma lei para adotar o gentílico "acreano" em todos os documentos oficiais, mas quer "ouvir" as sugestões da sociedade.
"A consulta pública é para que as pessoas possam se manifestar. Após isso, vamos colher as sugestões para o texto, para manter ou acrescer mais algumas coisas e fortalecer assim, a oitiva da sociedade sobre um assunto que é da mais alta relevância da nossa história", afirma.
Márcia explica que o gentílico é parte do patrimônio histórico e cultural dos acreanos. "É a forma que esse povo se identifica. Em todos os nossos escritos, o acreano sempre foi com 'e'. Então, esse é um debate que deve envolver toda a sociedade", diz.
egundo a chefe da Casa Civil do Acre, após a consulta pública, o texto da lei vai ser encaminhado à Assembleia Legislativa (Aleac), para ser votado. "Caso a lei seja aprovada, ela vai ser sancionada, publicada, e, com isso, o poder público do Acre vai poder adotar o gentílico 'acreano' como oficial para as publicações do estado", conclui.
Presidente da AAL defende uso do gentílico com 'e'
A presidente da Academia Acreana de Letras (AAL), Luisa Karlberg afirma que a gramática da língua portuguesa diz que não se existe uma regra padrão que normatize os gentílicos. "As leis que existem em todo mundo brotam para legitimar os usos e costumes e "acreano" é uso e costume há 137 anos, antes de o Acre ser brasileiro. O gentílico é o que identifica um povo do outro", afirma.
De acordo com a presidente, o acordo ortográfico que regulamento o uso do gentílico acriano com "i", foge à ortografia. "É uma questão morfológica. Então, o acordo contraria a ele mesmo, porque diz que é ortográfico e ele entra no campo na morfologia", explica.
fonte Do G1 AC
