Protesto anti-Dilma reúne duas mil pessoas na capital

Manifestações contra a presidente da República, Dilma Rousseff (PT), o ex-presidente Lula e o PT aconteceram, ontem, em todos os Estados do país, em mais de 200 municípios. O maior protesto ocorreu na avenida Paulista, em São Paulo.

A Polícia Militar em todo o Brasil contabilizou 3,1 milhões de pessoas nas ruas do país e os organizadores das manifestações contabilizaram 6,5 milhões. Os dados foram atualizados até as 20h, de ontem. O maior número de participantes havia sido registrado no protesto de 15 de março do ano passado: 2,4 milhões, segundo a PM, e 3 milhões pelos dados dos organizadores

Cerca de duas mil pessoas se concentraram ontem em frente ao Palácio Rio Branco pedindo o impeachment da presidente Dilma e contra o governo federal. O número é um consenso entre as avaliações da polícia e dos manifestantes. Sem a presença dos líderes da oposição no Acre e com caravanas vindas do interior – principalmente Xapuri e Porto Acre – a manifestação ocorreu sem incidentes, mas revelou que os partidos tradicionais podem estar perdendo terreno para grupos claramente identificados com posições de direita mais radical.

Cartazes com expressões “vai ter golpe, sim” revelam que os apoiadores do movimento já admitem a ruptura institucional, sem se escudarem em aspectos legalistas. Em meio a uma péssima estrutura de som, os discursos se caracterizaram pelo tom radical e por críticas a Dilma e Lula, acompanhadas de exaltação do juiz Sérgio Moro e da Operação Lava Jato.

Os manifestantes fizeram um abraço no Palácio Rio Branco, muitos fantasiados com bom humor.

Nenhum político com mandato se destacou no grupo, apenas alguns candidatos a vereador marcaram presença. A Polícia Militar não registrou nenhum problema durante o ato.

Na próxima sexta-feira acontece no mesmo local ato convocado pelo PT em desagravo ao ex-presidente Lula e em defesa do governo de Dilma Rousseff.

fonte   www.jornalatribuna.com