O supervisor do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit), Thiago Caetano, disse que o risco de isolamento, embora exista, é considerado mínimo.
"Falo isso em função do projeto bom que estamos elaborando. Vai dar uma condição muito boa a essa rodovia, apesar de não ser o definitivo ainda. Estamos fazendo de tudo, apesar de termos um quadro reduzido. A população pode ficar tranquila porque se em algum momento existir de fato esse risco de fechamento vai ser a primeira a saber", enfatiza.
De acordo com Caetano, o DNIT conseguiu acelerar o projeto de reconstrução da rodovia e a expectativa é que a licitação seja realizada ainda este ano. Paralelo a isso, o órgão deve executar entre o final de julho e meados de agosto o programa Crema no trecho.
"Estamos com a seguinte estratégia, no trecho que está melhor, em torno de 50 km, vamos fazer ações de remendo e tapa-buracos para deixar praticamente sem nenhum problema e nos trechos piores vamos escolher alguns pontos mais críticos para resolver", diz.
Ele explica ainda que o trecho entre os municípios de Feijó e Tarauacá também deve receber ação e a expectativa é que cobrir uma faixa de aproximadamente 100 km de rodovia.
Sem prazo para terminar
O bloqueio começou por volta de 6h (8h horário de Brasília) e segundo Tavares, uma parcela considerável da população de Feijó tem manifestado apoio ao movimento.
“Não tem prazo para terminar, se vamos ficar um dia, dois ou três o governo que vai dizer.
Estamos nos revezando. Está causando transtorno para quem trafega, mas a população está apoiando. A gente explica que é por uma melhoria e as pessoas estão aceitando”, conta.
Ainda segundo o comerciante, as atuais condições da via tem provocado escassez de produtos e problemas na entrega de correspondências, entre outros. “Os produtos não estão chegando mais na data certa. Os taxistas estão sendo durante penalizados, pois, os carros sofrem danos e o frete, nos últimos dois meses aumentou cerca de 30%”, finaliza.
Audiências públicas
Ainda segundo o supervisor do DNIT, o órgão deve realizar audiências públicas em Tarauacá e Cruzeiro do Sul, nos dias 12 e 13 de julho respectivamente, para explicar o projeto para reconstrução da rodovia e ouvir sugestões problemas das comunidades.
relembre o caso
Um grupo formado por lojistas, taxistas e comerciantes de Feijó, interior do Acre, fechou, neste sábado (25), um trecho do km3 da BR-364, no sentido Feijó – Rio Branco, em um protesto contra as más condições de trafegabilidade na rodovia. Segundo o presidente da Associação Comercial, Abner Tavares, ao menos mil pessoas participam do ato, que não tem previsão para encerrar.
“A BR-364 está em situação intrafegável, estamos gastando três horas de carro para percorrer um trecho de 80 km, entre Feijó e Manoel Urbano. O governo não está fazendo nada de operação tapa-buraco e se não tomarmos providências vamos ficar isolados durante o inverno”, afirma o presidente da Associação Comercial.
fonte Do G1 AC
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