Ao G1, o doutor em paleontologia, Jonas Filho, explica que a peça trata-se de um fragmento mandibular esquerdo, com um dente preservado, de um mastodonte, elefante primitivo. Ele destaca ainda que a peça não é inédita, mas que tem uma importância científica.
"Os mastodontes foram abundantes durante o período Pleistoceno na América do Sul e seus achados fósseis estão bem representados no Acre, principalmente na região onde hoje seus sedimentos são cortados pelo rio Juruá e afluentes", explica Filho.
A peça, segundo Cavalcante, foi encontrada durante uma pescaria com amigos e que chegou a procurar informações sobre o animal.
"Fui pescar com uns amigos e, na volta, vi a peça enterrada em um barranco. Fui e arranquei. Guardei muito tempo, já tinha postado antes. Ela é diferente e bem grande. Deve pesar de oito a dez quilos, nunca medi", diz.
Ele revela ainda que procurou um colecionador de fósseis na cidade de Marechal Thaumaturgo. O homem teria dito que realmente a peça pertencia a um animal pré-histórico e ofereceu dinheiro pela raridade, o que foi recusado pelo funcionário público.
"O colecionador falou o nome do animal, mas não gravei. É um animal imitando o dinossauro. Me falou ainda de um professor que se interessaria em Cruzeiro do Sul, mas meu pai faleceu na época e deixei para lá. Não é só um dente, é o queixal todo", detalha.
Ainda segundo Jonas Filhos, o laboratório de paleontologia da Universidade Federal do Acre (Ufac) tem uma rica coleção de vários fósseis de mastodontes que está aberta para visitação do público.
Ele destaca ainda, fundamentado pelo decreto nº 72.312, de 31 de maio de 1973, divulgada no site do Palácio do Planalto, que é proibida a "Exportação e Transportação e Transferência de Propriedade Ilícitas dos Bens Culturais".
"Muito embora existam vários exemplos de venda de fósseis no Brasil e no exterior, sua comercialização é proibida e ilegal. O que sempre recomendamos é que, quando um material fóssil for encontrado deve ser informado à Ufac em Rio Branco ou Cruzeiro do Sul, onde existem paleontólogos qualificados, pois a remoção indevida sem técnicas e metodologias específicas pode danificar o material e dificultar sua interpretação e estudos", finaliza.
fonte g1.globo.com
0 Comentários
Caros Leitores do Giro Feijó a seção de comentários e para quem quiser falar sobre as noticias aqui postadas ou quem tiver alguma reclamação , matéria e informação que queira nos passar, fica aqui este espaço aberto a toda a população.
Observação: nos do Giro feijo não nos responsabilizamos por comentarios de natureza ofensiva contra cidadãos ou politicos