O blog conversou com um congressistas amigo de Temer. Ele disse ter passado o sábado recolhendo impressões de outros parlamentares e de autoridades do governo. Pendurado ao celular, falou com onze pessoas, algumas delas citadas na delação. Não quis revelar os nomes. Mas contou que nenhum dos seus interlocutores menosprezou o potencial de combustão das revelações do ex-responsável pelo lobby da Odebrecht em Brasília.
Há, porém, uma divisão entre os governistas. A parte do grupo que inclui os delatados avalia que Temer ainda exibe capacidade de reação. Bastaria perseverar nas reformas. O outro pedaço receia que o governo Temer esteja irremediavelmente comprometido. Nessa visão, Temer está diante de uma adversidade que compromete sua pose de reformador. Além de estar pessoalmente envolvido, o presidente rodeou-se de amigos e auxiliaries tóxicos. Pessoas das quais ele tem dificuldades de se livrar.
De resto, a encrenca tende a aumentar. No total, 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht estão suando o dedo. Ainda há muita lama por escorrer. Logo, logo Marcelo Odebrecht prestará depoimento confirmando, por exemplo, que participou de um jantar no Palácio do Jaburu, em 2014, em que foi mordido em R$ 10 milhões pelo então vice-presidente Michel Temer. Dinheiro saído das arcas do Departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht (pode me chamar de “Departamento de Propinas.)”.
fonte uol.com
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