O voo entre Santa Cruz de la Sierra e Cobija durou cerca de 1h30. Nas duas oportunidades, o avião ficou parado menos de uma hora para o abastecimento. O trecho seguinte entre Cobija e Medelín levou mais 3h15. Com isso, o avião pôde chegar ao destino final com combustível suficiente para pelo menos mais uma hora de voo, como exige a legislação boliviana.
Quando viajou para Barranquila, também na Colômbia, o time da Chapecoense utilizou o mesmo avião. Naquela oportunidade, no entanto, a aeronave fez uma escala de abastecimento também em Cobija. Da cidade boliviana até o norte da Colômbia, o voo durou 3h56.
No voo de volta, o avião fez a rota Barranquila até Cobija em 3h50. O avião ficou parado por 48 minutos para reabastecimento antes de seguir para Foz do Iguaçu. O trecho final da viagem durou mais 3h13.
Voos no limite da autonomia
Não foram raras as vezes que o avião da Lamia fez rotas no limite de sua autonomia de voo. No dia 4 de novembro, depois de fazer o trecho de ida com uma escala, o avião voltou de Medelín para Santa Cruz de la Sierra em um voo direto que durou 4h33.
Esse foi o voo mais longo já feito pelo avião neste ano. Nos dias 29 de outubro e 22 de agosto, o avião havia feito a mesma rota, mas os voos tinham sido ligeiramente mais rápido, com duração de 4h32 e 4h28, respectivamente.
Apesar de ligar as mesmas cidade, os voos de ida e volta não podem ser comparados igualmente em virtude de fatores como direção predominante dos ventos na rota e altitude dos aeroportos de decolagem, por exemplo.
Em 28 de outubro, o Avro RJ-85 fez um voo bem semelhante ao que acabou acidentado com o time brasileiro. O avião partiu de Cochabamba para Medelín em uma viagem sem escala que durou 4h27.
Quando voou com a Lamia, Lionel Messi e toda a seleção da Argentina também teve de encarar um voo de mais de quatro horas. A viagem entre Buenos Aires e Belo Horizonte, na qual havia apenas sete jogadores, durou 3h29. Na volta, no dia 11 de novembro com o time completo, a viagem teve duração de 4h04.
O avião da Lamia já havia passado pelo Brasil no início de outubro levando a seleção boliviana para jogar em Natal. Na oportunidade, o avião fez escala de reabastecimento em Brasília.
Preferência por Cobija
Ao analisar os diversos voos da Lamia para o norte do continente sulamericano, fica clara a preferência da companhia por fazer escalas de reabastecimento na cidade de Cobija.
Em viagens para a Colômbia ou Venezuela, a empresa não realizou escalas em nenhum outro aeroporto, enquanto foram pelo menos dez paradas em Cobija.
Os longos voos sem escala entre Cochabamba e Medelín e no retorno entre Medelín e Santa Cruz de la Sierra foram sempre realizados durante a noite, quando o aeroporto de Cobija estava fechado por não ter iluminação na pista de pouso.
Bruno Fernando Goytia Gómez, filho do copiloto Ovar Goytia, havia dito ao jornal boliviano El Deber que a intenção era fazer uma parada em Cobija, mas como o avião atrasou, os piloto decidiram fazer o voo direto.
"Pelo que tinha entendido, haveria uma escala em Cobija. Mas o voo da Chapecoense saído do Brasil teve um atraso e chegou na hora além do previsto em Santa Cruz. Como não há operações noturnas em Cobija, pois não há luz na pista, tomou-se esta decisão de encher o tanque por completo", contou.
As informações das escalas e horários dos voos foram obtidas no site FlightRadar24, uma plataforma de acompanhamento de aeronaves.
fonte uol.com
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