O portal do Jornal Nacional, o noticiário de maior audiência da TV brasileira, traz a informação que um grupo de jovens criou um programa de computador para fiscalizar os gastos dos deputados federais. E já teve quem devolvesse o dinheiro usado de forma irregular. São três milhões de notas fiscais sendo analisadas. Um cruzamento incessante de dados oficiais para descobrir se o gasto informado ocorreu de fato e se foi dentro da lei.
O robô descobriu, por exemplo, que o deputado Affonso Motta, do PDT do Rio Grande do Sul, numa viagem aos Estados Unidos comprou cerveja e pediu ressarcimento: R$ 23.
Também nos Estados Unidos, Vitor Lippi do PSDB, de São Paulo, comprou cinco cervejas, R$ 135.
Wherles Rocha, O Major Rocha, do PSDB, apresentou três notas no mesmo dia. Uma em Rio Branco, no Acre, e duas em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul. Uma das notas de R$ 148.
Numa vaquinha pela internet, oito amigos conseguiram R$ 80 mil para bancar o projeto e desenvolver o programa que chamam de robô.
“A gente ensina premissas pra inteligência artificial, então ela tem algumas hipóteses que ela começa a trabalhar e a partir do momento que ela vai recebendo resposta, ela já se aprimora. Então é uma máquina em constante aprimoramento que vai melhorando a cada dia, ela vai aprendendo com o próprio trabalho”, explica o jornalista Pedro Vilanova.
Um café, um almoço, um jantar. É pegar a nota e a câmara reembolsa o deputado. Até aí, tudo bem. O que o chamado robô tem feito é analisar: quanto em média custa uma refeição; se o gasto foi muito acima dessa média; a conta de um almoço, por exemplo, em Brasília, quando o deputado estava fora daqui; consumo de bebidas alcoólicas. Enfim, gastos irregulares.
Em menos de três meses cruzando um monte de informações públicas, o programa pegou muita coisa.
Três mil e quinhentos casos suspeitos, R$ 378 mil. Já são 629 denúncias de mau uso do dinheiro público. De 219 deputados.
Todos esses valores já devolvidos para a câmara. Mais oito deputados também já reconheceram erros e fizeram o mesmo.
Como Rogério Rosso, do PSD do Distrito Federal, e Marco Maia, do PT do Rio Grande do Sul.
Os dois pagaram almoços para convidados. A câmara só autoriza o gasto do próprio parlamentar.
“A gente acredita que a corrupção, ela começa no valor pequeno. A nossa vontade é pegar gastos pequenos mesmos, mas que são gastos irregulares, assim como os gastos que a gente vê da lava jato e de outras operações”, diz Pedro.
Em nota a câmara declarou que fiscaliza as notas apresentadas pelos deputados. E que dos 130 casos analisados pelo robô, 25 estavam mesmo irregulares.
Fonte: portal do Jornal Nacional
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