Além de serem suspeitos de crimes, eles também foram alvos de ao menos três tentativas de homicídio, sendo a última no dia 12 deste mês, em uma pensão na Estrada da Sobral. Na ocasião, um homem foi morto e dois ficaram feridos.
Três homens foram presos e um adolescente de 17 anos foi apreendido. Entre os presos, estão Rafael da Costa Luiz, de 28 anos, vulgo Cajarana que foi uma das vítimas do tiroteio na Estrada da Sobral e levou ao menos dois tiros. Luiz teria praticado um homicídio no bairro Estação Experimental no dia 3 de janeiro. Além dele, Geovani Costa de Almeida, de 19, conhecido como Pequeno e Ramon Martins da Costa de 25 anos, conhecido como Magrão.
Na delegacia, os suspeitos preferiram ficar em silêncio. De acordo o delegado Roberth Alencar, da delegacia especializada em homicídios (DHPP), o motivo tanto das execuções que eles são suspeitos como das tentativas de homicídio contra eles é uma disputa de facções por território na região da Sobral.
"O que temos é que o 'Cajarana' praticava o tráfico de entorpecentes no bairro e disputava espaço territorial com membros de uma outra facção criminosa que também mantinha uma boca de fumo no local. Nessa disputa, começaram as execuções de membros de ambos os grupos. Já Almeida teria quatro ações penais em 2016 por crime de tortura, integração de organização criminosa e roubo", diz o delegado.
Alencar também falou sobre a ligação do bando com outros crimes. Ao serem autuados, segundoo delegado, o bando tentou fugir e entrou em um igapó se livrando de armas de fogo em uma região de vegetação e os objetos não foram encontrados. Os criminosos vão responder tanto pelos crimes que já estão sendo investigados como pela prisão em flagrante.
"Dois deles eram suspeitos de homicídios ocorridos na primeira semana do ano. Soubemos que estavam reunidos para praticar mais crimes e conseguimos efetuar a prisão deles. Um deles já tem elementos de envolvimento em quatro homicídios, contra o Cajarana pesam dois homicídios contra ele. O fato peculiar é que, além de serem autores e investigados, eles também são vítimas de tentativas de homicídios", destaca.
O delegado Rêmulo Diniz esteve na ação e comentou a prisão em flagrante. Segundo ele, um dos presos possuía uma tatuagem com o símbolo de uma facção criminosa, mas decidiu cobrir o desenho. Mesmo assim, o homem já sofreu duas tentativas de homicídio após sair da prisão no dia 3 de janeiro.
"O menor estava com a internação decretada pela Justiça e os maiores evadidos do sistema prisional. Por isso, vão ser presos pela fuga e responder por organização criminosa. Já foi demonstrado que todos possuem passagem pela polícia e condenação e apóiam a guerra entre facções", finaliza.
fonte g1.globo.com
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