“Eu estava do lado. Tentei impedir tudo aquilo, mas a médica mandou eu calar a boca. Eu nunca vi uma coisa dessas. Minha filha estava morrendo e aqueles monstros não paravam. Fecho os olhos para dormir e vejo tudo de novo. Quero justiça”, disse a avó do bebê que foi retirado “à força” e, já sem vida, apresentava hematomas pelo corpo.
Maria Rosângela Lima Leão conta que a decisão de introduzir a mão em sua vagina foi tomada pela médica Milena Sampaio. Os dois enfermeiros foram chamados para ajudar no parto quando a jovem recebia ordens, em voz alta, para fazer força. “Ela (médica) perguntava se eu não era mulher. Eu tinha que fazer força para o bebê sair, mas eu não tinha mais força. Eu estava desmaiando, com medo e com muita vergonha”, disse a jovem, que seria mãe pela primeira vez. Um dos enfermeiros é marido da médica e trabalha no mesmo hospital. “Minha mãe pediu pra parar, mas a médica dizia que se não meter a mão é melhor ter o bebê em casa”, conta Rosângela.
“Ela não dilatava. Ela olhava para mim e eu percebi que ela estava constrangida. Ela não podia nem fechar (as pernas). Aqueles homens com a mão dentro dela seria impossível ter um parto tranquilo. E quando ele subiu em cima dela, eu vi que minha filha não ia resistir”, relata dona Marinês Leão.
Rosângela conta que chegou ao hospital por volta de 13 horas, e estava se sentindo bem. A própria médica, segundo ela, decidiu que o bebê deveria nascer logo. “Eu pedi explicações. A médica disse que eu matei meu bebê”.
“Quando vi que minha filha e meu neto corriam riscos, eu pedi para mandar os dois para Tarauacá. O hospital disse que não tinha como arrumar um avião”.
A família pediu ajuda da reportagem para que o caso chegue ao conhecimento do Ministério Público. Algumas famílias da cidade de Jordão estão solidárias à Rosângela e sua mãe, que decidiram, primeiramente, fazer uma queixa-crime na delegacia de polícia.
A médica não foi localizada. A reportagem também tentou localizar os responsáveis pela unidade de saúde, mas sem sucesso.
fonte acjornal.com
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