"Não precisa fazer um cardápio mirabolante. Pratos mais simples e um suco já estão bons" reforça Patrícia, que é solteira, em seu anúncio
No anúncio, ela destaca que se trata de uma "ótima oportunidade" para estudantes que buscam uma moradia em São Paulo. O post informa ainda que a criança estuda das 13h às 19h e precisa de alguém que fique com ele no período da manhã. Os requisitos são apenas gostar de criança, saber cozinhar e organizar a casa. A pessoa terá que dar almoço ao pequeno e colocá-lo no transporte escolar.
Nas redes sociais, porém, muitas pessoas interpretaram a "ótima proposta" de Patrícia como um convite ao trabalho escravo. E deixaram mensagens como: "olha o que a falta de noção faz as pessoas. Que eu saiba isso é escravidão" e "Dorme na Casa Grande ou na Senzala?".
Apesar da repercussão - foram cerca de 3 mil comentários até a tarde deste domingo, a maioria deles críticos -, Patrícia garante que a proposta é bastante feminista. Ela acredita que foi mal interpretada e esclarece que pretende transformar a ideia em um projeto maior, de contribuição mútua entre mães solteiras.
- No futuro, penso em uma moradia compartilhada entre mães que queiram criar suas crianças juntas. Uma ajudando a outra. A ideia é fazer disso um projeto patrocinado. Hoje moro em um apartamento, mas herdei uma casa de 150 metros quadrados que precisa de reforma e quero fazer dela esse espaço - almeja a designer.
Patrícia revela que a ideia surgiu por ela não ter condições financeiras para arcar com um profissional que cuide do filho.
- Não posso pagar uma babá registrada, com o décimo terceiro e férias. Foi aí que surgiu a ideia. No apartamento, caberia muito bem mais uma mãe e uma criança, que dividiriam o quarto com meu filho. Por que uma mão não pode ajudar a outra? - questiona Patrícia.
Segundo Patrícia, já apareceram muitas mulheres interessadas na oferta, e ela está em processo de seleção. A designer frisou ainda que, desde que o anúncio foi publicado em sua página no Facebook, ela não parou de receber mensagens. E está feliz com a repercussão do post, mesmo que não tenha sido positiva.
- Quero conseguir patrocínio, inclusive levar para um programa de televisão.
fonte extra.globo.com
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