Documentos denunciam o trabalho escravo de nordestinos no Acre, Rondônia, Pará e Amazonas
Já está agendada para o dia 11 de março em Washington, nos Estados
Unidos, uma audiência pública no salão Padilha Vidal – edifício GSB,
sede da Organização dos Estados Americanos (OEA), para denunciar o
trabalho escravo, milhares de mortes e todo tipo de desrespeito aos
Direitos Humanos contra as famílias de seringueiros durante a Segunda
Guerra Mundial, na Amazônia.Para convencer a direção da OEA, o defensor público do Estado do Pará Carlos Eduardo e o Sindicato dos Soldados da Borracha de Rondônia anexaram dossiês, relatórios e uma carta denúncia sobre a saga de nordestinos na selva da Amazônia. A Organização dos Estados Americanos, então, solicitou a presença de representantes dos soldados da borracha em Rondônia, Pará e Acre, para discutir a situação das pessoas contratadas para extração da borracha no Brasil na década de 40.
A expectativa para os representantes da classe é que após esse encontro que será realizado nos Estados Unidos , o Brasil possa ser acionado e com isso intimado a reparar os lesivos danos causados aos Seringueiros e Soldados da Borracha que atenderam o chamado do Estado Brasileiro através do governo de Getúlio Dornelles Vargas, para extraírem borracha com contratos estabelecidos entre o Brasil e os EUA, culminando nos Acordos de Washington e que desencadeou nas selvas Amazônica uma gigantesca operação de guerra, mais conhecida como a Batalha da Borracha.
O Sindicato de Rondônia e toda a sua diretoria acreditam que os ventos da vitória começaram a soprar, pois é a primeira vez na história que a Organização dos Estados Americanos discutirá acontecimentos que ocorreram na América Latina no período da Segunda Grande Guerra os abusos à vida e à pessoa humana e que estão enterrados há mais de 70 anos, ocultando a tragédia que foi a Batalha da Borracha.
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