Detentos do Pavilhão “G” do Complexo Penitenciário Dr. Francisco D´Oliveira Conde, em Rio Branco, onde são abrigados os presos condenados/sentenciados indignados com as péssimas condições das celas decidiram eles mesmos fazerem reformas.
DE acordo com denuncia anônima os produtos adquiridos pelos presos e o pagamento da mão de obra estão: cimento, argamassa, lâmpada, tomada, registros, rodo e vassoura.
Todos os itens foram entregues no local da “obra”, ou seja, no Pavilhão “G” celas de 2,6 e 10 conforme endereço das notas fiscais expedidas pelas empresas em que os produtos foram adquiridos.
Nas notas fiscais fornecidas na denuncia anônima consta os nomes dos presos Antônio Gedmilson Simplício Mota que cumpre pena no Pavilhão “G” cela 10 e de Valdir Perez de Oliveira da cela 02 do mesmo Pavilhão, além de outras notas em que não consta o nome do detento/comprador, mas que foram destinadas ao mesmo Pavilhão.
O detento Valdir Perez mais conhecido pelo apelido de “Valdir Tatuado” que adquiriu produtos no valor de R$ 621,50 para reforma da cela de número 02, ele é sentenciado por vários crimes e segundo a denúncia anônima ele possui uma extensa ficha de movimentação interna, ou seja, alterações fora das normas do sistema prisional que estão em sindicância.
A reportagem tentou falar com Dirceu Augusto da Silva, diretor presidente do Instituto de Administração Penitenciária do Acre, mas foi informada que ele não se encontrava. Tentou-se novamente um contato no dia seguinte através do número 3223-2257, mas sem sucesso.
Tentamos falar com a direção do Presídio, mas fomos informados na guarita do portão principal que somente a pessoa identificada por Jandira Bandeira poderia falar sobre o assunto, mas estaria em reunião e não poderia atender a imprensa. Fomos orientados pelo agente penitenciário que nos atendeu no portão que procurássemos a direção do Iapen, o que já havia sido feito sem sucesso.
Segundo Adriano Marques – presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Acre – AGEPEN, na próxima semana ele estará protocolando denuncia no Ministério Público – MPE aonde pede investigação por parte do órgão a respeito de quem autorizou a entrada dos caminhões para entrega dos materiais de construção comprados por detentos. “Está tudo ilegal, a compra, a entrega, a entrada do caminhão. Tudo isso fere as normas de segurança do sistema prisional” afirmou Adriano.