Os agentes penitenciários da unidade Evaristo de Moraes, em Sena Madureira, afirmam que estão preocupados com casos de tuberculose registrados no presídio.Segundo eles, são cinco casos confirmados e outros seis esperam pelo resultado dos exames. A direção do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen) diverge dos agentes e alega que foram registrados três casos confirmados da doença.
O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Acre (Sindap), Adriano Marques informou que vai visitar a unidade nesta terça-feira (4) para verificar a situação no local. De acordo com um dos agentes penitenciários da unidade, que prefere não se identificar, os cinco casos confirmados já estariam sendo tratados, mas existe entre os servidores um temor de contaminação.
"Eles estão sendo medicados, mas não têm um local adequado para ficarem. Estão apenas em uma cela separada, mas deveriam estar em um outro ambiente. A cela dos doentes é no mesmo pavilhão que dos outros detentos, ainda existe o risco de contaminação", afirma.
O servidor reclama ainda da falta de materiais de proteção para os agentes penitenciários. "Precisa de uma estrutura melhor, foram solicitadas máscaras, mas vieram apenas dez unidades para Sena Madureira, não dá para a equipe se proteger só com isso", diz.
O presidente do Iapen, Martin Hessel dá uma versão bem diferente do caso. Ele afirma que são apenas três casos confirmados da doença e que a situação está controlada. Segundo ele, todos os detentos da ala em que há casos de tuberculose foram examinados e os testes em outros presos deram negativos.
"Os casos confirmados estão em tratamento. Foram feitos exames em toda a ala, a primeira amostra deu negativo. Eles vão passar por uma nova situação, se a segunda amostra der negativa, devem passar por um raio-X. Os agentes têm o convívio com os presos, mas a parte da saúde só confirmou três casos e disseram que as amostras dos outros apontou casos suspeitos", esclarece.
Hessel afirma ainda que o material de proteção foi entregue de acordo com o solicitado pela unidade. Elel ressalta que não há motivo para pânico, pois não há mais perigo de transmissão. "De acordo com o Ministério da Saúde, após 15 dias do início do tratamento, não há mais o perigo das pessoas doentes infectarem outras. Há duas semanas, quando estive na unidade, os casos confirmados já tinham iniciado o tratamento", afirma.
fonte g1