Transexual famosa no YouTube diz ter sido humilhada em boate no AC

contratada para fazer presença vip na boate Se7 Club, nesta sexta-feira
(5) em Rio Branco, a transexual cearense Romagaga Guidini, famosa por seus vídeos no YouTube, diz ter sido humilhada e impedida de se apresentar no local pelos organizadores do evento. Ela diz ainda que pode ter havido preconceito, por ser ligada ao público homossexual.
Romagaga conta que foi contratada para fazer presença vip durante a festa, porém, diz ter sido impedida de se apresentar. "Me chamaram para o palco, eu subi pensando que ia me apresentar, mas no momento em que eu comecei a falar o DJ já foi subindo a música, não me deixou falar e praticamente me empurraram do palco. Foi uma humilhação, não tive espaço para mim ou para meus fãs", conta.
Porém, segundo a performer, esse foi apenas um dos problemas que ela enfrentou em sua passagem pelo Acre. "Não havia maquiador. Na entrada, não havia ninguém recepcionando. Parecia que eu era uma cachorra na fila do SUS, me botaram de qualquer jeito num camarote já lotado. Não era um camarote exclusivo para mim como havia sido combinado no contrato. Me senti até como se tivesse recebido cortesia com um monte de gente nada a ver", reclama
Guidini diz que se sentiu desrespeitada e usada. "Foi um desrespeito tanto comigo quanto com meus fãs. Percebi que eles só queriam usar meu nome e meus fãs. A maioria do público era gay em uma boate hétero e eles não estavam preparados para me receber", lamenta.
Ela diz que ainda chegou a conversar com um dos organizadores do evento, mas ele teria feito pouco caso das reclamações. "Ele simplesmente disse 'ok' e jogou o dinheiro em cima de mim", afirma.
Neste sábado (6), ela chegou a postar um vídeo relatando o caso em seu perfil no Facebook. Romagaga diz que decidiu explicar o caso na internet para garantir que sua imagem não saísse prejudicada. "Decidi postar nas redes sociais porque sou uma artista muito transparente. Eles queimaram minha imagem no Acre. Em todo canto do Brasil sou bem tratada, em Curitiba até limusine para me buscar teve, aqui foi uma fã que teve que me levar porque nem carro tinha", diz.
Por fim, a transexual levanta a possibilidade da situação ter sido causada por preconceito. "Existiu preconceito pelo fato de eu ser uma artista ligada diretamente ao movimento gay", acusa.
Apesar do problema com a organização do evento, Guidini diz que sentiu a solidariedade do povo acreano. "Graças a Deus o povo do Acre me abraçou, recebi muitas mensagens de apoio depois do ocorrido", afirma.
Procurado pelo G1, o empresário Wolney Paiva, dono da boate, negou as acusações. "Tenho conhecimento de tudo que aconteceu e não é nada disso que ela está falando. Ela queria uma exclusividade onde não cabia. Não foi destratada, foi cumprido o contrato à risca. Foi pago corretamente", afirma.
Paiva diz ainda que Romagaga não havia sido contratada para fazer show e que a boate aguarda o "momento certo" para se manifestar. "Ela foi contratada para uma presença vip, passear na boate e tirar fotos. O contrato vai ser exposto", finaliza.
fonte g1