Detentos que mataram preso em cela tinham rixa antiga, diz diretor

O detento José Adriano Lima de Araújo, que foi morto cela 5 do Pavilhão C do presídio Moacir Prado, em Tarauacá, tinha uma rixa antiga com Francinaldo Bezerra da Silva, de 24 anos, e Artenísio Nascimento de Andrade, de 20, que confessaram o crime na delegacia do município. Segundo Francisco Edir, diretor da unidade, a vítima foi asfixiada com um lençol e sofreu golpes na cabeça.
O diretor explica que os presos faziam parte de um grupo de sete detentos que foram transferidos do município de Feijó. Ao chegar na unidade, passaram por uma triagem e foram questionados se teriam ligações com facções criminosas ou problemas com outros detentos. A vítima e os agressores não teriam relatado nada, inclusive um dos criminosos estaria na mesma cela que Araújo no presídio anterior.
"Um dos presos convivia na mesma cela com a vítima, os assassinos inventaram a versão de que eram mantidos em celas separadas anteriormente para tentar justificar o crime. A rixa deles era antiga e começou fora do presídio", afirma Edir.
O diretor daunidade diz ainda que durante a triagem os detentos negaram que fizessem parte de uma facção criminosa. Segundo ele, os outros presos que estavam na cela 5 delataram os agressores. Mesmo assim, o envolvimento de outras pessoas deve ser investigado através de uma sindicância. Os detentos que mataram o colega de cela foram encaminhados para a Delegacia de Tarauacá e devem prestar depoimento.
"Temos muita dificuldade, pois aqui o preso não informa se integra alguma facção, não temos controle nenhum de quem é ou não de algum grupo. As informações são coletadas quando achamos algum bilhete entre eles ou algo assim e inserimos isso em um banco de dados, mas é pouca coisa. Somente depois do crime é que eles relataram que eram inimigos", finaliza.
fonte  g1.globo.com

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