Há seis meses, após uma varredura nos sistemas integrados de Segurança Pública, a justiça braziliense descobriu o endereço da família e mandou recapturar o rapaz. Os policiais encontraram em sua casa, no Bairro Boa União, o acusado errado. Foi fácil prender Elessandro, que jamais teve passagem pelo polícia embora seja dependente químico há 16 anos. Ele foi levado ao presídio do DF no mesmo dia, em voo fretado, deixando toda a família atônita, sem saber o que estava acontecendo.
Somente sete anos depois, os juízes de execuções penais do Acre e do DF se depararam com uma situação inusitada: Elessandro, que carrega toda a culpa, não consegue provar que tudo foi armado pelo irmão. É que nos registros do governo, em Brasília, prevalece a identificação lavrada no ato do flagrante, quando Elidângelo, com medo de ter a sua pena agravada por reincidência, preferiu “ferrar” o irmão.
Para a juíza Luana Campos, da Vara de Execuções Penais no Acre, “o erro começou na investigação da polícia do DF”. Para ela, a apresentação de uma certidão de nascimento (documento sem fotografia) sugere que, por motivos óbvios, “a autoridade policial deve se cercar de outros cuidados, uma vez que é comum uma pessoa em fuga tentar se passar por outra”. Assim, os equívocos que tiveram origem na delegacia de polícia de lá induziram promotores, procuradores e juízes a uma grande injustiça.
A Secretaria de Direitos Humanos do Acre já emitiu um parecer afirmando que “tudo não passou de um erro de interpretações”, e sinaliza que Elessandro deve ser trazido de volta para Rio Branco, onde mora com a mãe, a irmã, a mulher e dois filhos. O Judiciário acreano comunicou o fato ao TJ-DF e aguarda que o rapaz seja devolvido à família.
Extremamente emocionada, a mãe dos rapazes relutou muito antes de falar á imprensa. Aos prantos, ela implora às autoridades para que internem os dois filhos num centro para recuperação de usuários de drogas. “penso que vou morrer a todo momento. Não aguento ver meus filhos presos”, disse á reportagem deagazeta.net, que tasmbém localizou Elidângelo. Ele se apresenta como “uma pessoa muita arrependida” e que não esperava tanta confusão. “Jamais pensei que aconteceria tudo isso. Quero ver meu irmão, pedir desculpas e torcer para que ele me perdoe. Tudo que quero é que a família tenha paz”, afirmou.
Mas as consequências não serão boas. Elidângelo, que segundo a família tem transtornos mentais, ainda não foi julgado pelo flagrante dado no DF. E, de quebra, quando tudo for esclarecido, pode responder por falsidade ideológica. A mãe dele busca ajuda de um psiquiatra.
fonte gazerta net
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