Oferecer tratamento
oftalmológico integral, ampliar a capacidade instalada de atendimento no
país, com formação de cadastro nacional de estabelecimentos privados e
públicos especializados na área de oftalmologia, além de reajustar
valores de procedimentos na tabela do Sistema Único de Saúde (SUS).
Estas são as principais novidades do novo projeto Olhar Brasil,
desenvolvido pelo Ministério da Saúde em parceria com o Ministério da
Educação. Com nova redefinição, o projeto estima atender até 2014,
76.515 crianças, jovens e adultos matriculados na rede pública e
inseridos nos programas Saúde na Escola (PSE) e Brasil Alfabetizado
(PBA) no estado do Acre.
Para isso, o Ministério da Saúde está ampliando e qualificando a
assistência oferecida pelo projeto Olhar Brasil. Uma das medidas será a
contratação de estabelecimentos de saúde privados e públicos para
atender mais de quatro milhões de consultas e exames oftalmológicos. Com
a formação de um cadastro nacional de estabelecimentos de saúde –
públicos e privados -pretende-se aumentar a capacidade instalada de
atendimento e reduzir as filas de espera. A inscrição dos serviços deve
ser feito na internet pelo link que consta no Edital,
publicado no dia 1º de novembro no Diário Oficial da União. O cadastro
ficará disponível em um site para consulta dos gestores responsáveis
pela contratação dos serviços.
“A oferta e o acesso de serviços oftalmológicos de qualidade e
especializados são decisivos para quem quer ler e escrever, e representa
qualidade educacional para a criança, já que passa a ter maior
capacidade para aproveitar seu potencial e, com isso, inclusive,
ascender socialmente. Muitas pessoas não aprendem a escrever e desistem
do programa de alfabetização justamente porque não consegue enxergar”,
ressalta o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O Ministério da Saúde
estima atender até 2014, 10, 5 milhões de crianças, jovens e adultos
matriculados no PSE e PBA em todo o país.
Dos 76.515 alunos que passarão pela triagem oftalmológica, 29.962
deverão ser encaminhadas para consulta oftalmológica, e 42,6% desse
universo (12.792) precisarão de óculos. Já para os 10.011 de jovens e
adultos cadastrados no Brasil Alfabetizado, o Ministério da Saúde e o
MEC preveem que 100% deles serão encaminhados ao oftalmologista. Entre
os alunos de faixa etária de 15 a 40 anos, 1.201 mil precisarão de
óculos. Já entre os adultos de 41 a 60 anos, 3.604 mil necessitarão de
óculos, e dos 2.002 mil alunos com mais de 60 anos, 100% precisarão de
óculos.
Os estados e municípios receberão recursos a mais para realizar todas as
etapas do projeto. Para realização das consultas serão investidos em
todo o Brasil cerca de R$ 100 milhões, acrescidos dos valores para
custear o fornecimento de óculos e o tratamento das doenças secundárias
identificadas, além do tratamento de doenças da refração. Parte desses
procedimentos terá reajuste na tabela do SUS para o atendimento no
projeto Olhar Brasil. O valor pago pela consulta terá aumento de 47%,
passando de R$ 14,29 para R$ 21, por exemplo.
ATENDIMENTO - A partir de agora, caso o médico identifique outros
problemas que o de refração, como o estrabismo, no caso da criança, ou
retinopatia diabética (lesão na retina causada pelas complicações da
diabetes), em adulto, a secretaria de saúde irá encaminha-los para
receber atendimento especializado, além de receber os óculos. Para isso,
o projeto Olhar Brasil também prevê outras ações, além do Edital de
Cadastramento de Estabelecimentos de Saúde, como as carretas do MEC
vinculadas aos hospitais universitários (consultório móvel).
CENÁRIO - Problemas de refração contribuem para a evasão escolar e a
dificuldade de aprendizagem. As evidências e estudos epidemiológicos
referentes à saúde ocular apontam que 30% das crianças em idade escolar e
100% dos adultos com mais de 40 anos apresentam problemas de refração.
Ressalta-se que, após os 40 anos de idade, 100% da população mundial
apresenta processo de vista cansada ou presbiopia. Quanto às
consequências diretas estão altos índices de evasão e repetência
escolar, limitações na qualidade de vida e dificuldades de inclusão no
mercado de trabalho.
PANORAMA – O Ministério da Saúde registrou nos últimos quatro anos a
realização de 16,2 milhões de procedimentos oftalmológicos (diagnose,
tratamento e cirúrgico) em todas as faixas etárias. Além disso, desde o
ano passado, o Ministério da Saúde definiu novos mecanismos para
auxiliar os estados a aumentar o número de cirurgias eletivas. Só as
cirurgias de catarata tiveram um crescimento de 22%, passando de 348.386
mil em 2010 para 426.567 mil no ano passado. O número avançou ainda
entre os transplantes. Das 23.397 cirurgias feitas no país em 2011,
14.838 foram de córnea – 62% do total.
O custeio de
procedimentos nessa área também evoluiu, alcançando um dos maiores
orçamentos por especialidade, cerca de R$ 625 milhões no ano passado. O
recurso mais que dobrou em comparação com 2008, quando o valor foi de R$
R$ 310 milhões.
Fonte: PÁGINA 20
0 Comentários
Caros Leitores do Giro Feijó a seção de comentários e para quem quiser falar sobre as noticias aqui postadas ou quem tiver alguma reclamação , matéria e informação que queira nos passar, fica aqui este espaço aberto a toda a população.
Observação: nos do Giro feijo não nos responsabilizamos por comentarios de natureza ofensiva contra cidadãos ou politicos