Valdir Cardoso, 55, é ator e figurante. Você deve ter visto sua última
participação na TV, vestindo uma camisa azul, mas não ligou o nome ao
profissional porque ele não foi creditado.
Ele é uma das pessoas amedrontadas em pegadinha do "Programa Silvio
Santos" que foi ao ar no domingo (25), no SBT, e desde então se
popularizou na internet.
O quadro mostra candidatos a uma vaga de trabalho que entram num
elevador, rumo ao sétimo andar. No meio do trajeto, as luzes se apagam e
uma garota com aparência fantasmagórica entra na cabine. Quando as
luzes tornam a acender, a menina grita e o "postulante ao emprego"
surta, chora, xinga.
Cardoso diz que de fato estava lá atrás de emprego, no dia da gravação.
"Disseram que era um 'casting' pra TV. Quando cheguei, vi a equipe
técnica do SBT e fiquei com a pulga atrás da orelha", diz ele, "mas
pensei que o pessoal da produção estivesse lá para o teste que eu fui
fazer".
A situação ficou mais estranha, diz, quando a porta do elevador ia se
fechar e a recepcionista o recomendou a "colocar para fora esse ator que
tem dentro de você".
Mas o susto foi legítimo e não houve armação, defende. "Quem não ia ficar em pânico com aquilo?"
O figurante profissional diz ter ganho cachê de R$ 300 pela participação
no quadro. "Mas só depois que o susto já tinha passado e foram pedir
nossa autorização de uso de imagem."
Ele trabalha em outras produções do canal, como "Carrossel", mas também
vende seus préstimos para a concorrência: fez três episódios da atual
versão de "Guerra dos Sexos", da Globo.
Cardoso também é cara conhecida na publicidade. Ele estrela comercial da
Eletropaulo, que foi ao ar há dois meses, e já fez outras peças.
É de diferentes trabalhos que ele diz conhecer todos as outras vítimas
da piada do elevador. "Somos todos atores, amigos, figurantes. Mas só um
ou outro se encontrou no dia em que gravamos essa pegadinha."
Que não é sua primeira. Dois anos atrás, ele diz ter sido vítima em
outro esquete, em que um velhinho de cadeira de rodas pedia informações
sobre como ir a uma padaria. Quando o transeunte ensinava o caminho ao
senhor, ele saía da cadeira de rodas e ela ia sozinha.
fonte uol
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