Professores entram em greve por tempo indeterminado


Hoje, às nove horas da manhã, em frente ao Palácio Rio Branco, parte dos 16 mil profissionais da Educação inicia greve por tempo indeterminado. A expectativa é que o governo apresente à categoria a contra-proposta, formulada durante toda tarde de ontem pelo secretário de Estado de Educação, Daniel Zen, e a equipe econômica da Sefaz.

Os principais pontos de reivindicação são: reformulação do PCCR (Plano de Carreira, Cargos e Salários). Nesse ponto, entram o “reenquadramento” que faz um ajuste no salário dos professores que alegam “ter prejuízos de até quatro letras”.

Outro ponto de reivindicação: formulação de plano de carreira e definição de piso para os profissionais da Educação que fizeram parte do Pro-Funcionário (cursos de qualificação). Eles alegam que estão melhor capacitados, mas não estão com remuneração adequada à nova condição profissional. “Não faz sentido o Estado investir na qualificação e não valorizar o profissional que está se qualificando”, explica o sindicalista.

O Sinteac afirma que muitos desses técnicos em Educação estão fazendo Curso Superior em Tecnologia e Processo Escolar e precisam ter a garantia de que serão melhor remunerados após conclusão.

O Sinplac (Sindicato dos Professores Licenciados do Acre) propôs que o prêmio VDP (Valorização do Desenvolvimento Profissional) fosse incorporado ao salário. “A VDP, hoje, se o professor sair de sala, ele perde. Se ele se aposentar, perde também”, calcula o presidente. “Se ele incorporar o benefício ao salário, leva para a aposentadoria dele”.

Sobre o assunto VDP, a proposta do Sinteac foi sintética: quem está em sala de aula (professor regente) ganha; quem não está (professor não-regente), não ganha. Esse prêmio é exclusivo para os professores e teria um impacto de quase 8% no piso salarial dos professores. O Governo do Estado apresentou a proposta de incorporação do VDP ao piso de 2,4%. A proposta do governo foi rejeitada pela categoria.

A Isonomia Salarial dos professores com contrato provisório em comparação com os professores do quadro efetivo. O Sinteac afirma que 80% dos professores que atuam na rede pública de ensino são provisórios. “Não tem como você ter um profissional ganhando, com a mesma formação, a mesma carga horária e salários diferentes”, compara Sandim. “Se esses profissionais pararem, as escolas fecham”.

Essas reivindicações oneram a folha de pagamento em R$ 54 milhões. Isso pressionou o sindicato para que o aumento de 15% fosse flexibilizado. “O reajuste de 15% nós flexibilizamos, mas os outros vamos manter e não vamos abrir mão”.

Só o reajuste reivindicado de 15% onera a folha de pagamento da Educação em mais de R$ 65 milhões.

http://www.agazetadoacre.com/

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