Mãe suspeita que objeto foi esquecido na barriga da filha após cesariana

Cirurgia de Adriana Granjeiro (Foto: Raimunda Granjeiro/ Arquivo Pessoal)
A família de uma jovem de 15 anos procurou a maternidade Bárbara Heliodora em Rio Branco, nesta segunda-feira (16), para se queixar de uma suposta negligência médica. A suspeita é que um objeto tenha sido esquecido na barriga de Adriana Granjeiro, após uma cesariana realizada na maternidade no dia 16 de novembro.
Segundo a mãe da jovem, a dona de casa Raimunda Granjeiro, Adriana continuou sentindo fortes dores na barriga depois do parto. Um nódulo se formou e ela teve que ser submetida a uma nova cirurgia na última sexta-feira (12). "Tinha uma 'pedra' em cima do umbigo dela. Nós viemos para a maternidade e eles disseram que era um pus petrificado, mas isso é estranho", diz.
Raimunda afirma que a suspeita de que algo estava errado aumentou quando a equipe médica informou que ela não poderia ter acesso aos exames e nem acompanhar a cirurgia da filha, menor de idade.
"Primeiro furaram a barriga dela com um dreno, mas como não era líquido, não poderia sair por um buraquinho. Tiveram que operar de novo. Quando abriram eles não disseram para mim o que era, não deixaram acompanhar minha filha, nem me deixaram ver os exames. Com certeza tem alguma coisa para esconder", comenta.
De acordo com Lorena Hojas, responsável pelo hospital, a diretoria ainda não teve acesso ao prontuário até o momento e por isso ainda não pode se pronunciar sobre o caso. "Se deixaram alguma na barriga da jovem, como questionou o marido, eu não posso me posicionar, pois os médicos estão passando visita, então eles estão com os prontuários. Eu orientei que fosse registrada uma queixa para que possamos investigar e dar um retorno", afirma. 
Lorena explica que a mãe não teve acesso aos exames e prontuário pois eles só são entregues ao paciente, ou à família, no caso de menor de idade, no fechamento do atendimento. "Como ela é menor, a mãe pode solicitar o prontuário na íntegra somente quando a jovem recebe alta. Não adianta ficar dando pela metade", destaca. 
fonte g1