Família acusa hospital de abandono de corpo

Segundo as denúncias do pai da vítima, o professor indígena, Francisco Alberto Silvino, 46 anos, pai de 05 filhos e morador da mesma aldeia, o corpo de seu filho deu entrada no hospital com os pedaços decepados dentro de uma sacola de plástico e com um profundo corte na cabeça.
Médicos e enfermeiros que estavam de plantão nem se querem mexeram no corpo para fazer os procedimentos cadavéricos obrigatórios, (pós-morte), não costuraram e nem limparam o sangue que cobria parte da cabeça por causa do profundo corte.
Os pedaços de pernas e pés do corpo do índio que deram entrada no hospital dentro de uma sacola de plástico também não foram se quer, observado, lavados ou costurados para ficar junto ao corpo antes de ser enterrado.
Funcionários de plantão apenas cobriram o corpo com um lençol e pedaços de TNT. Revoltados com a situação desumana e falta de respeito com o morto, parentes da vítima resolveram pedir para levar o corpo para ser velado em sua casa.
Os pedaços do corpo arrancados por ocasião do acidente foram levados dentro da mesma sacola de plástico suja e fedorenta, já apresentando um mau cheiro por causa do sangue seco que estava apodrecendo sem que os plantonistas do hospital tivessem feito nada de suas competências.
O pai da vítima vai entrar com ações processuais e indenizatórias com o hospital na justiça, vai acionar o Ministério Público, a FUNAI e a Justiça Federal para que tomem as devidas providencias e que aja punição caso se comprove a descriminação, omissão e negligencia do hospital e dos responsáveis de plantão.
No histórico assinado pela enfermeira Priscila que estava de plantão, ela subscreveu dizendo que o corpo foi liberado sem os procedimentos pós-morte obrigatório, por insistência da família que queria levar o corpo para velar em casa.
Os parentes da vítima desmentiram essa versão.
É bom lembrar que, o paciente ou um corpo sem vida ao entrar no hospital só é liberado mediante autorização da direção do hospital. Não tem justificativa, dizer que liberaram o corpo mediante pressão da família. Essa matéria foi baseada no depoimento do pai e demais parentes da vítima. Em outras ocasiões, corpos passaram várias horas em cima da pedra e a família espera da autorização para retirar o defunto. Isso já aconteceu por inúmeras vezes.
relenbre o cazo 
Tudo começou na última quinta-feira, 18/12, quando o índio Evandro Alberto Aquino Silvino, 27 anos, casado e morador da Aldeia do Cardoso, próximo a cidade de Feijó faleceu vitima de um acidente na BR 364, próximo a ponte do Rio Envira.
O acidente ocorreu por volta das 21h35, quando a vítima em estado de embriaguez saiu de sua aldeia dirigindo uma moto Suzuki com destino a cidade, quando colidiu de frente com uma camionete Tríton, dirigida pelo motorista Delmar de Jesus Cavalcante Damasceno de 54 anos, que trafegava no sentido contrário, ruma a cidade de Tarauacá.
O impacto do acidente foi tão forte que o corpo do índio que dirigia a motocicleta teve parte de seus membros, “perna, cocha e pé decepados e espalhados pelo meio da estrada.
Conduzido pela policia o corpo foi levado para o hospital de Feijó. Foi ai que começaram o descaso, a discriminação e o ato de desumanidade e profissionalismo por parte da médica de plantão  e sua equipe.
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