A Polícia Civil apresentou nesta quinta-feira (12), durante a segunda edição deste ano da Operação Impactus, um professor de dança suspeito de estupro de vulnerável, no bairro Alto Alegre, em Rio Branco. De acordo com a polícia, o suspeito trabalhava em uma escola municipal e vinha sendo investigado desde 2014, após uma aluna de 10 anos denunciá-lo por estupro. De acordo com informações da polícia, o professor ainda é suspeito de molestar mais três alunas.
A delegada do Núcleo de Atendimento à Criança e ao Adolescente (Nucria), Elenice Frez, informou ao G1 que foi feito o exame na aluna de 10 anos para comprovar o abuso, mas que o resultado deu negativo. Segundo Elenice, as outras vítimas informaram que foram molestadas pelo professor.
"Há duas possibilidades, ou a tentativa do estupro foi ineficaz, que não deixou nenhum vestígio nela, ou não ocorreu, porque o exame não apresentou o abuso. As outras relataram que foram molestadas. A prisão dele é uma medida de precaução, porque se ocorreu ele tem que ser tirado de circulação", disse.
Ainda de acordo com a delegada, o suspeito negou em depoimento que tenha abusado das alunas. "Eu o interroguei agora pela manhã e ele negou completamente os fatos, disse que não teve nenhum contato sexual com as alunas, mas as investigações vão continuar. Tudo ainda é muito prematuro, temos a fala da vítima contra a dele", esclarece a delegada.
Além dele, outras oito pessoas, sendo duas mulheres, foram presas por crimes de tráfico de entorpecentes e roubo. Segundo o secretário de Polícia Civil, Carlos Flávio Portela, a operação foi deflagrada no período que precede o carnaval para tentar garantir mais segurança nos dias de folia
A Impactus, na segunda edição de 2015, foi estrategicamente deflagrada antes desse período carnavalesco para tirar de circulação essas pessoas que potencialmente poderiam trazer algum tipo de dano durante esse período. Além das prisões, a polícia está fazendo maior monitoramento dos locais alvos dessas diligências", fala.
Portela reitera que, de forma integrada entre as polícias, existe o monitoramento. "Vamos continuar essas operações periodicamente, sempre dentro da legalidade, de forma integrada. Quando falamos em monitorar o território, a Polícia Civil vai retirar de circulação essas pessoas, retirar os objetos ilícitos, mas a Polícia Militar faz o monitoramento da área para manter como um território livre de crimes", acrescenta.
Durante o Carnaval, o secretário garantiu um reforço nas delegacias. "Foi apresentado pelo Sistema Integrado, vamos ter todo o efetivo mobilizado durante esse período carnavalesco. A Polícia Civil vai reforçar as delegacias, sobretudo a de Flagrantes (Defla) para a recepção das ocorrências que venha ser recepcionadas", finaliza.