Estelionatários aplicam vários golpes e fogem de Feijó

Dois homens passando por empresários conseguiram enganar várias pessoas e causaram vários prejuízos em Feijó, há 365 km da capital Rio Branco. Eles chegaram ao município há cerca de 15 dias.
Um deles se apresentando com o nome de Ademir da Silva Aparentando ter cerca de 50 anos de idade, chegou de Rondônia, dizendo para várias pessoas que havia comprado 50% da madeireira Amazon Wood, de propriedade do empresário paulista Paulo Castilho. (Esta madeireira é de grande porte e trabalha com certificação de madeira na região).
O gerente da empresa em Feijó, Sandro Espíndola, veio de São Paulo há cerca de duas semanas e disse que o tal Ademir, foi tão esperto que por telefone conseguiu fechar um contrato de compra de 50% das ações da empresa, garantindo para o proprietário que pagaria no período de uma semana uma parcela de 500 mil reais pelo negócio. Chegou ao escritório da empresa e já começou a realizar várias atividades junto aos trabalhadores como se fosse realmente, dono da empresa.
Ele chegou acompanhado de um suposto filho que se identificou por Ari Ramires Gomes Segundo. Eles se hospedaram em um dos melhores hoteis da cidade por duas semanas e pagaram, de forma correta, pela estadia.
Cerca de duas semanas depois gozando de grande confiança de vários empresários e de pessoas simples na cidade começaram a aplicar golpes. Nos dias 29 e 30 de junho conseguiram enganar cerca de 7 pessoas.
Ari começou fazendo um negocio com um carro em Tarauacá. Vendeu um Siena 2015 comprado em Rondônia dizendo ser da esposa dele. O rapaz que comprou pagou R$: 11 mil reais e assumiu as parcelas restantes. No mesmo dia ele pediu emprestado um carro Face Sherri, do mesmo cidadão dizendo que iria pegar umas peças em Sena Madureira para o caminhão da empresa do pai dele.
Dois dias antes ele havia feito amizade com várias pessoas durante uma pescaria e dizendo que a conta dele estava bloqueada por um problema do cartão conseguiu tomar emprestado R$: 1.100 reais de um rapaz simples, Francisco Junior que se conheceram na tal pescaria. Os dois elementos supostos pai e filho teriam comido e bebido bastante em um bar na cidade, o bar do “Manelão” e lá deixaram um prejuízo de R$: 3.900 reais.
O dono do Hotel onde a dupla ficou hospedada tem uma loja de revenda de aparelhos celulares. Lá o tal Ari comprou um aparelho I-fone S5 de ultima geração para pagar na saída, junto ao acerto do hotel. O aparelho custa R$: 2.500 reais. Na saída deles do hotel na segunda feira 29, só estava na portaria o pai do rapaz e ele teria dito que estava tudo certo que havia feito a transferência para a conta do empresário.
O Ademir que um dia antes havia pescado em companhia do Taveira proprietário da drogaria Taveria de quem já tinha tomado emprestado R$: 2 mil reais, pediu emprestado uma bateria para caminhão, dizendo que o caminhão da madeireira tinha dado um pequeno problema e utilizou a bateria para faze-lo funcionar. Naquele mesmo dia fugiu da cidade com o caminhão da madeireira.
O suposto filho dele fugiu com o carro Sherri do rapaz de Taraucá. Eles deixaram vária conta para pagar em vários comércios da cidade.
O golpe foi percebido na terça feira quando alguns procuraram o tal Ari para cobrar dinheiro emprestado e ele havia desaparecido.
Percebendo o golpe, na tarde de quarta feira 01 de julho, 06 pessoas procuraram a delegacia de policia para registrar uma queixa contra os estelionatários, mas o delegado estava resolvendo negócios fora da delegacia.
Como já era tarde o delegado informou via telefone ao policial de plantão que não iria voltar mais à delegacia e neste momento o tal Ari fazia ligações ao rapaz de Tarauacá de quem ele tomou o carro emprestado. Por várias vezes Ari teria dito que estava chegando à cidade para devolver o veículo.
Enquanto o pessoal esperava o delegado, a policia de Rondônia ligou para a delegacia de Feijó buscando informação sobre um caminhão que foi apreendido em Porto Velho sem documentação. Era o caminhão da madeireira. O policial rondoniense teria informado que o tal Ademir estava sob custodia da policia naquele momento. Mas não podiam detê-lo porque não tinha nenhum boletim registrado contra ele.
Como o delegado não chegou a tempo e depois de várias ligações de Rondônia, os policias liberaram o Ademir. O certo é que na manhã desta quinta feira (02) os boletins foram registrados e os dois indivíduos estão sendo procurados pela polícia.
Um detalhe complicador é que obtivemos informação de que em Feijó mora uma cunhada do tal Ari. Algumas pessoas a conheciam e foram em busca de informação sobre o paradeiro dele. A informação que receberam é que o rapaz não se chama Ari e sim Devid e que ninguém sabia do paradeiro do estelionatário.
fonte  www.correiodoacre.com