Jovem seringueiro é preso por estupro de vulnerável

Pedro Martins, 20 anos de idade, morador de um seringal no Rio Jurupari foi preso pela policia civil nesta terça feira (30) de julho acusado de estuprar a menor J.S.S. de 11 anos de idade, moradora do seringal vizinho.
A história é bem complicada. A denuncia foi apresentada pelo conselho tutelar do município ao delegado Alex Tavares. A mãe da menor foi quem procurou o conselho.
Segundo o delegado, por volta do dia 27 de junho, os pais da menina teriam saído para a cidade fazer compras e resolver problemas particulares. Pedro que é bastante conhecido da família foi ate a residência e teria iludido a menor a fugir de casa com ele e passarem a morarem juntos. A menina aceitou a proposta e eles fugiram para outro seringal às margens do Rio Envira.
Essa prática é bastante comum nos seringais. Só que não é normal isso acontecer com uma criança tão pequena.
Dia 30 a mãe da menor procurou a delegacia e disse onde os dois estariam morando. A mulher apresentou um bilhete da filha onde ela contava que tinha aceitado fugir com Pedro e pedia que a mãe não denunciasse o rapaz. Isso pode significar que apesar de Pedro não ser alfabetizado, sabia que estava cometendo um erro.
A mãe não concordou e acionou a policia. Ao chegar à colocação onde Pedro estava morando a Policia deu voz de prisão e ele não esboçou nenhuma reação. Perguntado sobre a menina ele se referiu à policia que era a mulher dele.
Na oitiva a menina chegou a detalhar que o rapaz havia prometido construir uma casa e casar com ela. Envolvida emocionalmente com ele a menor aceitou fugir de casa. A maior surpresa neste caso é que ao chegarmos ao local onde eles estavam e pedirmos para a menor sair, vem a surpresa, pois mesmo sabendo da idade, 11 anos, mas ao você ver a pessoa você tem um impacto porque você olha e … é uma criança de fato, não tem nada que faça entender que ela seja uma mulher, que gere uma desculpa e dizer que a pessoa foi confundida pelos traços físicos. Esta tem a estrutura de criancinha mesmo”, comentou Tavares.
A criança foi submetida a exame de conjunção carnal e foi confirmada a perda da virgindade e ela confessou que nunca teve outro relacionamento e só havia feito sexo com o acusado.
O jovem infringiu o artigo 217-A do código Penal. Manter conjunção carnal com menor de 14 anos. A pena mínima para este crime é de 8 anos de cadeia e máxima de 15 anos em regime fechado.
Vale ressaltar que as famílias são próximas. Um irmão de Pedro é casado com a irmã da criança J.S.S.
A outra menina tem 15 anos de idade. Mas para o outro caso não teve problemas judiciais porque o casamento foi de comum entre as partes. A lei prever que uma pessoa com idade de 14 anos acima pode manter relacionamento, desde que esteja de acordo.
fonte  www.correiodoacre.com