O ex-prefeito do município acreano de Porto Acre, João Batista Gomes Asfury, de 73 anos, foi encontrado decapitado, na madrugada deste domingo (5), em frente a casa onde vivia na Rua Beira Rio, mais conhecida como Rua do Comércio.
Segundo a prefeitura de Porto Acre, Asfury foi o primeiro prefeito da cidade, que fica a 78 km da capital Rio Branco.
De acordo com o delegado Regional de Porto Acre, Carlos Alberto Bayma, responsável pelo caso, a cabeça do ex-prefeito foi encontrada em um barranco a cerca de 30 metros do local onde o corpo foi deixado.
Bayma diz que pelas informações que coletou, a vítima seria uma pessoa tranquila, no entanto, ele enfatiza que até o momento nenhuma hipótese pode ser descartada. "Já ouvimos nove pessoas que poderiam ter pistas, mas ainda não temos a autoria", afirma.
Marido de uma sobrinha do ex-prefeito, o funcionário público Marcos Caruta, de 51 anos conta que nem a família, nem os amigos conseguem imaginar qualquer motivação para o crime.
"Não só a família dele, mas as famílias de Porto Acre estão muito abaladas porque ele era muito querido. Foi um crime muito feio, estamos pasmos", diz
.Segundo ele, o corpo de João Asfury será velado a partir das 14h na Capela São João Batista, em Rio Branco.
De acordo com um sobrinho da vítima, o cirurgião-dentista Rodrigo Asfury, de 38 anos, há pouco mais de um mês, a casa do ex-prefeito havia sofrido um assalto. "Ele denunciou e um dos assaltantes que foi preso tinha prometido matá-lo. É a única informação que a gente tem", afirma.
O sobrinho diz ainda que a família começou a ser avisada da morte ainda na madrugada e está em choque com o ocorrido. "Não dá nem para acreditar, pela forma que aconteceu tudo isso", conta.
O ex-prefeito tinha quatro filhos, três homens e uma mulher. O corpo do ex-prefeito será velado a partir das 14h na Capela São João Batista, na Avenida Antônio da Rocha Viana, em Rio Branco.
A família aguarda ainda a chegada da mulher e do filho mais velho do ex-prefeito, que estão fora do estado. O enterro deve ser na manhã de segunda-feira (6). O local não foi divulgado.
De acordo com o delegado Regional de Porto Acre, Carlos Bayma, mais de 10 pessoas já foram ouvidas sobre o caso. Bayma afirma ainda que a polícia está trabalhando com a possibilidade do crime ter sido latrocínio, roubo seguido de morte.
"Não descartamos nenhuma das hipóteses, mas essa é a mais forte em que nossa equipe trabalha. Mataram a vítima, entraram na casa dele, reviraram tudo e os documentos estavam perto do corpo", explica. Ele espera que o caso seja solucionado rapidamente.
Por fim, o delegado ressaltou que a vítima não tinha inimizades conhecidas. "A população de Porto Acre está revoltada, porque o João ajudava todo mundo. Era uma pessoa digna, de responsabilidade e coração de pai".
fonte g1