O ex-presidiário José Adriano Barbosa da Cunha, 50 anos, trabalhador avulso, preso em 2013 acusado de assediar e acariciar partes intima de sua enteada, a menor R B, na época com 14 anos, filha de sua ex-companheira Raimunda Brasilina, garante que foi preso de forma injusta e, por causa da pressão e das ameaças que estava sofrendo ficou nervoso e não soube se defender diante do juiz.
Adriano conta que ao contrario do que foi dito pelos denunciantes de que ele assediava a menor, ela era quem ia se deitar com ele e que nunca fez nada do que foi acusado. Por essa razão foi preso.
Na manhã dessa sexta-feira, 31/07, o ex-presidiário procurou SITE .radiofmfeijo para denunciar torturas e que passou dias de cão no Presídio Moacyr Prado em Tarauacá. Ele conta ainda que passou por várias sessões de espancamentos e, talvez por essa razão, estava perdendo a vista. Diante da situação do preso o diretor da penitenciária lhe encaminhou para a cidade de Cruzeiro do Sul onde Adriano passou por uma cirurgia nos olhos para não perder a visão totalmente.
Depois de passar pela cirurgia, Adriano que recebeu um implante de lentes nos olhos, para poder voltar a enxergar parcialmente, voltou para a penitenciária, onde, dias depois, sofreu, mas um brutal espaçamento, onde um agente penitenciário, depois de lhe algemar lhe jogou ao chão, dando socos e pontapés e, não se dando por satisfeito, sabendo que o prisioneiro tinha passado por uma cirurgia na vista a poucos dias, enfiou-lhe a ponta dos dedos dentro de seus olhos danificando as lentes e causando um cegueira de 80%. Meus olhos foram furados dentro do presídio por um agente penitenciário depois de me bater muito. Diz o denunciante.
Adriano conta que pelo fato de não conseguir mais enxergar foi lhe concedido o direito de pagar o resto da pena em regime de prisão domiciliar. Logo que saiu da prisão, ele veio para Feijó, e hoje, vive enfrentando muitas dificuldades morando na casa de uma tia no Bairro Zenaide Paiva, próximo a Igreja São Cristóvão.
Quase que totalmente sego por causa das agressões e torturas as quais era submetido no presídio, Adriano não consegue mais trabalhar, andar sozinho, sofre fortes dores na cabeça e, a qualquer movimento seus olhos começam a sangrar.
Hoje, ele pede justiça, para o que aconteceu com ele, não aconteça com outros presos. Adriano hoje é um homem inutilizado, humilhado e revoltado pelo sofrimento dos espancamentos e torturas que segundo ele passou dentro do presídio.
fonte www.radiofmfeijo.com