Professores de Feijó e de Porto Acre dizem não à greve

Os professores das escolas estaduais das cidades de Feijó e de Porto Acre disseram não à greve promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac). Na manhã desta quarta-feira, 29, uma equipe do sindicato esteve em Feijó e, na terça-feira, em Porto Acre tentando mobilizar os profissionais da categoria para aderir ao movimento, mas a resposta foi negativa.
Em Feijó, a coordenadora do núcleo da Secretaria de Est ado de Educação (SEE), Cardoci Paiva, afirmou poucos professores chegaram a aderir à greve. Esses, no entanto, estão sendo substituídos em sala de aula por professores provisórios para evitar que os alunos sejam prejudicados.
“São poucos professores em algumas escolas. Nesse caso, entendemos que aguardar para que eles reponham as aulas que não foram ministradas no final do ano letivo traria muito prejuízo para esses alunos. Então resolvemos substitui-los agora para que nenhum conteúdo seja perdido”, explicou Cardoci Paiva.
Em Porto Acre, algumas escolas aderiram à greve logo no seu início. Ao notarem que o movimento não havia mais motivo de ser, retornaram ao trabalho.
“O sindicato esteve aqui na terça-feira tentando fechar essas escolas, mas os professores e diretores mantiveram-se firme e não aceitaram a imposição dos líderes grevistas”, disse Fátima Aguiar, que coordena o núcleo da SEE naquela cidade.
Em Rio Branco e no restante do Estado, a adesão à greve também é pequena. De acordo com dados da SEE, na capital, cerca de 7% das escolas estão paradas. Em todo o Estado, o índice seria de apenas 15%.
Os grevistas reivindicam reposição salarial de 25%. O governo garante que não há recursos para atender a essa reposição e diz que o diálogo sempre esteve aberto ao comando grevista.
á o Sinteac afirma que não abre mão do reajuste e que vai manter a greve por tempo indeterminado.
Pais e alunos, por sua vez, já se manifestam a favor do fim da greve. Alegam que haverá grandes prejuízos para os alunos que terão de assistir aulas aos sábados e feriados durante o período que seria das férias de fim de ano. Temem ainda prejuízos para os alunos que devem prestar o Exame Nacional do Ensino Médio que acontece em todo o País no mês de outubro. O exame é a porta de entrada para o ensino superior na maioria das universidades brasileiras.
fonte  Assessoria  oriobranco.net