Saúde no Acre: mortalidade infantil cai muito e tempo de vida aumenta

Continuando a série sobre os indicadores econômicos do Acre, A TRIBUNA apresenta hoje os expressivos números da evolução da qualidade da saúde no Acre. Em treze anos, o estado conseguiu reduzir pela metade os índices de mortalidade infantil, muito acima da média regional e nacional, um trabalho que tem merecido elogios internacionais. Em 13 anos, o estado dobrou o percentual de cobertura do atendimento à saúde da família, mesmo com o aumento significativo da população e tem enfrentado outros graves problemas no setor, com grande coragem e recolhendo êxitos expressivos.
A questão da mortalidade infantil é o exemplo da dedicação do governo e dos profissionais de saúde na melhoria das condições de vida da população. O Acre já foi um dos estados com pior atendimento materno-infantil e hoje ostenta índices das regiões mais desenvolvidas do país.
A redução da taxa de óbitos no nascimento foi das mais expressivas do país, caindo de 31,3 mortes por mil nascimentos, em 2.000 para 16,5% em 2013. Veja o gráfico da evolução dessa política pública:
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Ao se analisar o quadro nacional, os resultados se mostram mais expressivos ainda. Enquanto a Região Norte e o Brasil como um todo, alcançaram entre os anos 2 mil e 2011 um percentual de redução da mortalidade infantil em torno de 36,6%, no Acre essa taxa chegou aos 65,6%, quase o dobro da média nacional, a mais alta do país. Isso mostra como a prioridade à saúde, nos últimos anos vem apresentando resultados práticos. Até o ano 2 mil, a redução dessa taxa no Acre era de apenas 10,1% ao ano, alcançando em 2011, 55,6%. Confira o quadro:
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Atendimento à Saúde da Família é referência
Outro dado importante a ser avaliado é a cobertura pela estratégia de Saúde da Família, com o atendimento residencial por equipes multidisciplinares que atendem nos domicílios. Em 1999, apenas 23,6% dos domicílios acreanos eram atendidos por esse programa. Hoje, mesmo com o grande aumento populacional, esse percentual chega a 66%%, quase o triplo do ano de referência.
Esses dados podem explicar a melhoria nos demais indicadores de saúde, com a qualidade do serviço melhorando a cada dia. Confira a evolução do atendimento de Saúde da Família:
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Aumenta a expectativa de vida dos acreanos
Entre 2002 e 2013, a expectativa de vida dos acreanos aumentou em mais de três anos para as mulheres e em mais de dois anos para os homens. Isso significa que uma criança do sexo masculina que tenha nascido em 2002 no Estado, tinha uma expectativa de vida, em média, de 67,4 anos. Se fosse mulher, esse tempo subiria para 69,7 anos.
Já em 203, esse números se ampliaram. Um menino nascido em 2013 veio ao mundo com a expectativa de viver, em média, até os 69,9 anos e a menina nascida naquele ano poderia esperar uma vida média de 72,9 anos.
O indicador de expectativa de vida ao nascer é um dos itens que consta na avaliação do Índice de Desenvolvimento Humano e avaliação de qualidade de vida. Veja o quadro comparativo:
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fonte  www.jornalatribuna.com