Juiz solta jovem que participou de morte em invasão à delegacia no AC



O juiz da Comarca do Bujari, Manoel Pedroga, mandou soltar o estudante Marcelo Oliveira da Silva, de 18 anos, que teria participado do linchamento e morte de Lucimar Bezerra, de 33 anos, durante uma invasão à delegacia do município, na manhã de quarta-feira (18).

Marcelo é irmão de Jardineis Oliveira, de 25 anos, que foi brutalmente morta por Bezerra junto a filha de seis meses.

O juiz Manoel Pedroga entendeu que o jovem não tem antecedentes criminais e que não há motivos para deixá-lo preso.

"No caso presente não há um clamor da sociedade pela prisão dele. Não existe motivo para a prisão preventiva, apesar do crime que ele praticou. Ele tem endereço correto, tem bons precedentes, a ordem pública não ficou abalada e ele vai responder, mas em liberdade", afirma o juiz.

Após a invasão da delegacia do Bujari na manhã de quarta-feira (18), Marcelo foi preso com outro homem, que seria cunhado da vítima. Segundo o delegado responsável pelo caso, Rodrigo Noll, o outro suspeito Izaque Ferreira, de 31 anos, foi solto ainda na quarta já que não havia provas suficientes para mantê-lo preso.

"Em depoimento, o Izaque negou que tivesse participado da morte do Lucimar. Ele confirmou que participou da invasão da delegacia, mas que não teria nem chegado perto da cela. Como não tínhamos provas imediatas ele foi solto. Já o Marcelo permaneceu preso e foi ouvido pelo juiz, porque testemunhas confirmaram a participação dele no linchamento e com ele foi encontrada uma faca", afirma o delegado.

Segundo o juiz Pedroga, as investigações continuam e as pessoas que forem identificadas na participação da invasão da delegacia e morte do suspeito Lucimar Bezerra devem ir à juri.

Linchamento em delegacia
O suspeito Lucimar Bezerra, de 33 anos, foi morto a facadas dentro da delegacia do Bujari, depois de mais de 50 pessoas invadirem o local. Bezerra é suspeito de matar Jardineis da Silva, de 25 anos, e a filha dela, de seis meses, na comunidade Boa Esperança, na BR- 364, zona rural de Rio Branco.

A dona de casa teve a barriga aberta, parte das vísceras retiradas e, após ser costurada, foi amarrada a pedras e jogada em um rio da comunidade. O corpo de Jardineis foi achado na segunda-feira (16) e o da criança na terça-feira (17), com marcas de violência.
Vítima registrou denúncia contra suspeito há seis anos  (Foto: Divulgação/Polícia Civil)





























Fonte:http://g1.globo.com/