Um forte terremoto foi registrado na noite dessa terça-feira (24) na região de Ibéria, Peru, na fronteira com o Brasil. Segundo o site APOLO 11, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos, o tremor teve magnitude de 7,6 na escala Richter. No Acre, em diversas cidades as pessoas abandonaram os prédios, provocando um certo tumulto, o abalo também foi sentido em Manaus /AM. É importante salientar que abalos de forte intensidade naquela região fronteiriça são bastante comuns e ocorrem devido à subducção da placa de Nazca, que mergulha abaixo da placa sul-americana a uma velocidade de 70 milímetros por ano. Entre a fossa Chile-Peru, até a costa oeste do Peru, a placa de Nazca é sismicamente ativa até profundidades de cerca de 200 km, se tornando praticamente estável até o leste do Peru a profundidades entre 200 e 500 km.
Entretanto, abaixo da fronteira entre Peru e Brasil, a placa de Nazca se torna novamente ativa entre 500 e 650 km de profundidade e foi justamente ali que ocorreu a ruptura observada na terça, provocando dois fortes abalos de 7.6 magnitudes. Estudos geológicos mostram que a parte profunda da placa de Nazca, na qual os terremotos ocorreram, levou cerca de 10 milhões de anos para mergulhar sob a placa da América do Sul.
Os terremotos que ocorrem a profundidades focais superiores a 300 km são conhecidos como “deep-focus” ou de foco profundo. Normalmente, esses tremores causam muito menos destruição que aqueles que ocorrem próximo à superfície, mas podem ser sentidos a grandes distâncias dos epicentros. O maior terremoto de foco profundo já registrado ocorreu em 2013 na placa tectônica do pacífico, a 600 km abaixo do Mar de Okhotsk, no nordeste da Rússia. O evento foi calculado em 8.3 magnitudes e pode ser sentido em toda a Ásia, Moscou e Nova York. Em 1994, outro tremor de 8.2 magnitudes ocorreu 600 km abaixo da Bolívia e foi tão intenso que fez tremer prédios nos EUA e Canadá.
fonte
climatologiageografica.com