Começam as restrições relacionadas ao seguro-defeso

A superintendência da Pesca começou a cancelar as carteiras dos familiares da vereadora e presidente da colônia de pescadores de Assis Brasil, Gilda da Silva Gomes. Todos recebiam o seguro defeso, que é pago no período quando não se pode pescar nos rios.
Quando a Polícia Federal começou a investigar a ilegalidade das carteiras de pescador, os filhos, irmãos, genros e noras da vereadora começaram a devolver as carteiras. O próximo passo da superintendência é pedir de volta o dinheiro que receberam de forma ilegal.
A vereadora Gilda Gomes ainda corre o risco de perder o mandato. Ela recebia o seguro defeso e o salário de vereadora ao mesmo tempo. Também em Assis Brasil, outro vereador Manoel de Oliveira Souza, que se diz pescador, pode ficar sem a cadeira na Câmara, assim como Gilda recebia os dois rendimentos.
Em Assis Brasil, foram canceladas nos últimos meses 100 carteiras irregulares. Outras 200 estão sob investigação. Segundo superintendente da pesca no Acre, Samir Teixeira, o prejuízo sobrou para os verdadeiros pescadores quando o Governo Federal suspendeu o pagamento do seguro.
“Infelizmente é preciso tirar de circulação as carteiras ilegais e deixar apenas quem realmente vive do pescado nos rios. Só uma forte investigação e punição aos culpados vão moralizar o programa do seguro-defeso”, explicou.
A superintendência da Pesca está sob intensa investigação da Polícia Federal. Em todos os municípios do Acre, foram emitidas carteiras de pescador. Até em Jordão, onde não existe colônia de pescadores, foram levadas carteiras para quem nunca viveu do ofício.
Segundo levantamento da superintendência, entre os anos de 2013 e 2014, foram emitidas 5,7 mil carteiras no Acre.
Em Mâncio Lima foram registrados 2,8 mil beneficiados com as carteiras, quando menos de 200 vivem do pescado nos rios. A antiga direção da superintendência da Pesca está sendo investigada. Ao todo, cinco inquéritos foram abertos pela Polícia Federal.
fonte  www.agazeta.net