Ex-prefeito de Feijó é condenado por improbidade

Após uma ação civil pública do Ministério Público do Acre (MP-AC), a Justiça condenou o ex-prefeito de Feijó, Raimundo Ferreira Pinheiro, o ‘Dindin’, por improbidade administrativa por não devolver R$ 12 mil referentes ao saldo do convênio firmado com a União, por meio da Diretoria Executiva do Fundo Nacional da Saúde, do Ministério da Saúde.
O dinheiro, segundo o MP-AC, seria para a reforma e ampliação de uma unidade de saúde do município.
O prefeito foi condenado ao pagamento de multa civil equivalente a duas vezes seu último subsídio enquanto prefeito de Feijó e suspensão dos direitos políticos pelo período de três anos.
Ao G1, o ex-prefeito nega as acusação, diz que o posto de saúde está em funcionamento e que pretende recorrer da decisão. Além disso, Dindin "desafiou as autoridades a investigarem todo o seu mandado de prefeito". Ele também alega perseguição.
A denúncia exposta pelo MP-AC e acatada pela Justiça diz que "além do não recolhimento, ‘Dindin’ é acusado de não pagar as taxas e juros bancários de administração da conta do convênio e aplicar os recursos no mercado financeiro. Por conta disso, o município ficou impedido de receber transferências voluntárias, por estar inadimplente", enfatiza.
Em sua sentença, o juiz Marlon Martins Machado, titular da Vara Cível de Feijó, entendeu que "é claro o estado de pobreza dos municípios brasileiros, sobretudo no interior do Acre, que sobrevivem de repasses de verbas federais e estaduais", destacou.
Ao G1, Dindin diz que, mesmo tendo saído da prefeitura em 2012, ainda há órgãos que "o perseguem" com o intuito de prejudicá-lo. Ele se defende e diz que o dinheiro empregado na unidade de saúde foi também de recurso próprio da cidade e não só federal.
"Eu empreguei mais recurso próprio do que foi tirado e devolvido da conta. Esse dinheiro saiu da conta não sei como e mandei retornar, mas eles [Justiça e MP-AC] condenam assim mesmo. Foi aplicado muito mais de recurso próprio que até ultrapassou o limite. O recurso da prefeitura então não valeu nada?", questiona.
O ex-prefeito também falou em perseguição e solicitou que as autoridades façam uma investigação durante seu mandado para verificar se houve roubo ou desvio de verba durante sua administração. Além disso, Dindin, que foi prefeito através de uma eleição suplementar diz que não sabia dos convênios firmados.
"Eu descobria esses convênios com o passar do tempo. E, mesmo após ter saído da prefeitura, esse pessoal ainda vive me perseguindo. Olha o que foi feito na cidade, que é claro que nada foi roubado. Eles não veem o que a gente fez, só querem pegar uma brechinha que ficou, falta de procedimento pequeno, e ficam condenando a gente", finaliza.
Eleito pelo PSDB, Dindin diz que assumiu a prefeitura em 2009 e saiu em 2012. Atualmente, ele trabalha no Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC).
fonte  g1.globo.com/ac 

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