'Acreditava que ela voltaria viva', diz mãe de mulher que teria sido morta

Muito emocionada após saber que a polícia encontrou dois corpos que podem ser da filha, Marcia Carvalho, e do genro, Ocivaldo Tavares, a dona de casa Lina Carvalho, de 60 anos, conta que tinha esperanças da jovem ser encontrada viva. Ela diz ainda que conhecia o suspeito, Geisson Paiva, de 28 anos, há cerca de 14 anos e que não desconfiava que ele teria assassinado o casal. Paiva confessou ter matado o casal com um machado e sumido com os corpos
"Acreditava que ela voltaria viva. Achava que eles ainda iam entrar nesse portão e subir essa escada, me dá um beijo e se desculpar pelo tempo que passaram longe", conta entre lágrimas.
Lina diz conhecer a mãe do suspeito e conta que há algum tempo Marcia e a mãe dele teriam se desentendido por conta de um terreno.
"Os dois eram usuários de drogas, mas não faziam mal a ninguém. A Marcia já tinha discutido com a mãe do suspeito, teve esse conflito, mas não tenho certeza se foi por conta do terreno", revela.
Ainda segundo a mãe, a data de desaparecimento do casal coincide com a briga pelo pedaço de terra. A dona de casa confirma ainda que Marcia e Tavares costumavam fazer pequenos roubos na comunidade, como teria alegado o suspeito durante sua confissão, mas que não teriam mexido na casa de Paiva.
"Eles não podem ter invadido, já que pessoas viram eles batendo palmas. E outra, eles sabiam que o pessoal dali era perigoso", diz. Muito abalada, a mãe pede por Justiça e diz ainda que os seis filhos do casal foram divididos entre os familiares.
"Depois que minha filha desapareceu tenho lutado para criar esses meninos", conta.
A Polícia Civil iniciou, às 6h desta terça-feira (31), uma escavação na Travessa Apocalipse no bairro Belo Jardim I, em Rio Branco, em busca dos corpos de Marcia Carvalho e  Ocivaldo Tavares, que estavam desaparecidos desde agosto de 2015.
Na casa de Geisson Paiva, de 28 anos, foram feitas as investigações e encontrados fios de cabelos no local onde foram enterradas as vítimas. Após a prisão, Paiva confessou o crime e, com frieza, contou os detalhes do assassinato. A todo momento o suspeito sorria.
Enquanto o homem confessava o crime, policiais encontraram um tambor a 800 metros da casa do suspeito, na Travessa do Pescador, no bairro Belo Jardim I, com possíveis restos mortais do casal. Os dois foram queimados na casa do irmão do suspeito, que também deve ser investigado. Após ser ouvido e com as provas coletadas, Paiva deve responder por dublo homicídio e ocultação de cadáver.
Preso na delegacia da 2ª Regional, em Rio Branco, Geisson Ferreira de Paiva, de 28 anos, manteve o sorriso no rosto ao confessar que matou o casal Marcia Carvalho, de 34 anos, e Ocivaldo Tavares de Mendonça, desaparecidos desde abril de 2015. Demonstrando frieza, ele conta que cometeu o crime após o casal tentar invadir a casa dele que fica no bairro Belo Jardim.
"Matei primeiro o cara e depois a mulher para apagar as testemunhas. Eles entraram na minha casa achando que eu estava dormindo, mas eu estava drogado. Ele era o maior ladrãozinho, eu peguei ele e passei sal nos dois. Matei com machado e o corpo eu desandei, evaporou, sumiu", salienta.
Um tambor contendo possivelmente os restos mortais do casal Marcia Carvalho, de 34 anos, e Ocivaldo Tavares de Mendonça mortos por Geisson Paiva, de 28 anos, foi encontrado na manhã desta terça-feira (31), na Travessa do Pescador, no bairro Belo Jardim I, cerca de 800 metros de distância da casa do suspeito.
De acordo com a polícia, um crânio e um fêmur estavam dentro do tambor, porém, o material ainda deve ser avaliado pela perícia. A casa onde o casal foi queimado seria do irmão de Paiva. O ossos foram encontrados dentro do recipiente ainda com cinzas.
O delegado responsável pelas investigações, Cleylton Videira, informou que o suspeito deve responder por dublo homicídio e ocultação de cadáver. "Estamos juntando todas as provas para alegar a ocultação de cadáver e encaminhar tudo ao Judiciário. O irmão dele também deve ser investigado", explica.
O irmão de Marcia, Paulo Ricardo Carvalho, conta que não tinha mais esperanças de encontrar a mulher viva, mas que a mãe acreditava que Marcia ainda pudesse aparecer com vida.
"A gente recebia muitas informações e muitas pistas, mas nada muito certo. Estamos, por um lado, confortados com a prisão, mas agora vamos aguarda pela justiça. Minha mãe tinha esperança de vê-los vivos, mas já sabíamos que não era possível. Agora, bom ou ruim, sabemos o final dessa história", lamenta.
fonte  g1.globo.com

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