O que era para ser uma noite de confraternização com amigos, acabou se tornando um pesadelo para Thiago Costa do Nascimento, de 17 anos. O jovem acusa policiais militares de espancá-lo sem motivo na madrugada de domingo (12). Ele diz que participava de uma festa, no bairro Sobral, e a PM teria sido chamada por causa do barulho. Segundo ele, os policiais o algemaram e levaram até uma estrada de terra próximo ao shopping de Rio Branco, onde foi espancado.
Ao G1, a responsável pela Corregedoria da PM, coronel Socorro Freitas, disse que uma sindicância foi aberta para investigar o caso. Segundo ela, os policiais que estariam envolvidos no caso devem ser ouvidos a partir desta terça-feira (14). Caso sejam comprovadas as agressões, segundo a coronel, o caso será encaminhado para a ouvidoria da PM e os policiais podem responder criminalmente.
"Conversamos com o comandante do 3º batalhão, vamos ouvir todos em uma sindicância e daqui 20 dias teremos um resultado. Por enquanto é uma denúncia, os policiais continuam trabalhando normalmente. Vamos ouvir a vítima novamente, levá-lo ao local e fazer diligências. Ouvir pessoas que estavam no local e comprovar a condução", esclarece a coronel.
O estudante lembra que os policiais chegaram ao local um pouco depois da meia-noite, após receberem reclamações do barulho na casa. Ele afirma que os PMs revistaram algumas pessoas presentes na casa e chegaram até agredir alguns jovens.
"Chegaram querendo acabar com a festa. Estávamos com som alto e tinha muita gente, mais de 100 pessoas. Os policiais revistaram todo mundo e quando eu fui passar, me revistaram, passaram a algema no meu braço e me colocaram dentro do carro. Me levaram para um ramal, puxaram pelo meu pé para fora do carro e começaram a me bater", relembra.
Questionado se teria desacatado os PMs ou até ofendido eles, o jovem garante que em nenhum momento foi agressivo ou desobedeceu alguma ordem dos agentes."Não falei nada, fiquei calado. Me chamaram de gaiato. Bateram muito em mim. Eles não se identificaram, mas eram quatro policiais. É a polícia que faz a patrulha na Sobral, do 3º Batalhão [Batalhão da Polícia Militar]", confessa.
Após as agressões, o estudante afirma que foi deixado no ramal e ordenado que só levantasse após o carro ter ido embora. Ele relembra que retornou para casa, localizada próximo da estrada, a pé e, no dia seguinte, procurou atendimento em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para tratar os ferimentos.
"Disseram que não era para eu olhar para eles. Me soltaram e disseram para eu baixar a cabeça e só levantar quando o carro tivesse ido embora. Fomos à Delegacia do Menor [Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente, Depca] e registramos e boletim", esclarece.
O jovem revela que levou ao caso até a Corregedoria da Polícia Militar e pretende acionar a Justiça.
"Disseram que iam averiguar [na Corregedoria]. Minha irmã está vendo a situação e vamos acionar a Justiça. Espero que esses policiais não fiquem impunes", conclui.
A servente geral e mãe do estudante, Olinda Costa, de 43 anos, conta que está revoltada com a situação. "Estou indignada. Isso é uma coisa que a gente jamais espera da polícia. Quero Justiça porque eles podem fazer com outras pessoas", defende.
fonte g1.globo.com
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