Paciente Internados No Hospital Geral de Feijó com doença de chagas contesta Saúde e diz que tomou açaí

Um dos treze pacientes internados com doença de chagas no Hospital Geral de Feijó, interior do Acre, contesta a versão da Divisão de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e diz que tomou açaí antes de ser diagnosticado com a doença. A princípio, a Saúde informou que estava descartada a possibilidade de contaminação pela bebida e afirmou que os pacientes teriam sido picados pelo barbeiro, inseto transmissor da doença.
Todos os pacientes, com idades que variam de 4 a 28 anos, são da mesma família e moradores do Seringal Miraflor, no km 60 da rodovia BR-364, zona rural de Feijó.
"Foi uma surpresa para nós saber dessa informação, porque o que me passaram não era isso. Outras pessoas também consumiram e nada aconteceu. Eles podem ter consumido outras coisas a mais. É uma suspeita", argumentou.
De acordo com o agricultor, que prefere não ser identificado, toda família teria consumido açaí durante um encontro evangélico realizado na comunidade e apresentado sintomas da doença algumas semanas depois.
Estávamos em um grupo e o dono da casa ofereceu açaí depois da celebração. Não foi confirmado, mas a maioria que tomou do açaí está aqui no hospital. O dono da casa, que também é nosso parente, não ficou doente", relembra.
'Falamos que tínhamos tomado açaí'
O homem diz também, que ao contrário do que foi divulgado pela Saúde, todos informaram o consumo do suco da fruta antes de adoecerem durante uma entrevista no hospital.“Na hora que a mulher foi fazer a entrevista com a gente estávamos todos dentro de um quarto. Falamos que tínhamos tomado açaí", declara.
Sobre a possibilidade da contaminação ter sido a picada do inseto, o morador afirma que nunca viu barbeiros pela região. "Acho que não foi assim. O barbeiro não ia andar com uma lista de todos nós para ferrar", argumenta.
Ao G1, a técnica responsável pela Doença de Chagas e Leishmaniose da Sesacre, Carmelinda Gonçalves, disse ter sido informada recentemente sobre o consumo de açaí pelos pacientes. Carmelinda enfatiza, no entanto, que só poderá afirmar que a transmissão foi pela bebida após o término das investigações da equipe enviada ao seringal.
fonte   g1.globo.com

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