Grávida com doença de chagas é transferida para Rio Branco

Mulher está grávida de 3 meses; outros dois pacientes foram transferidos. 
'Ela não vai poder amamentar para não contaminar o bebê', diz técnica.

Uma mulher, grávida de três meses, diagnosticada com doença de chagas, foi transferida, juntamente com mais dois pacientes que estão com a mesma doença, do Hospital Geral de Feijó, no interior do Acre, para o Hospital das Clínicas em Rio Branco.
A informação foi confirmada Divisão de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre).
Os pacientes fazem parte do grupo de 13 pessoas da mesma família diagnosticadas com a doença nos dias 8 e 14 de julho. A família é moradora do Seringal Miraflor, no km 60 da rodovia BR-364, zona rural de Feijó.
A técnica responsável pela Doença de Chagas e Leishmaniose da Sesacre, Carmelinda Gonçalves, informou que os pacientes foram transferidos para serem submetidos a exames como eletrocardiograma, que não são realizados no município do interior. Ela diz ainda que a gestante não tomou os medicamentos para a doença, mas está tendo acompanhamento.
"Ela está bem e não está tomando remédio para a doença. O risco seria só se ela tivesse tomado o remédio. Só pode tratar a doença no oitavo mês. De todos, ela é a que está melhor, foi a que menos teve sintomas", esclarece.
Carmelinda disse ainda que a paciente faz ultrassonografia constantemente, dentre outros acompanhamentos para evitar complicações.
"O bebê não foi contaminado. Ela tem,  obrigatoriamente de ter a criança de parto cesariano, não pode ser normal para não correr o risco de ter contaminação. Por isso que ela só vai tratar no oitavo mês de gestação. Ela também não vai poder amamentar. Isso acontece com todas as mulheres grávidas que têm chagas", explica.
A técnica salienta ainda que a paciente deve ter alta e retornar para Feijó, mas terá que fazer retornos mensais ao médico.
Ainda de acordo com a técnica, a maioria dos pacientes de Feijó já recebeu alta médica, porém, precisam retornar a cada 10 dias à unidade para avaliações. Ela disse que outra parte do grupo, que permanece internada deve sair amanha quinta-feira (28). 
"Os que apresentaram uma pequena alteração foram trazidos para Rio Branco, por ter mais recursos. Como os outros apresentaram melhoras, não foi preciso. É importante ressaltar que nenhum corre risco de morte", conclui.
fonte  /g1.globo.com

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