"Quando cheguei em casa estava tudo destruído. Essa foi a segunda vez que ele me bateu. Tenho marcas no meu braço, nas minhas mãos de fazer força para ele não bater com o martelo em mim. Comemorei o aniversário apanhando dele" lamenta a mãe.
O delegado Luiz Tonini, responsável pela Delegacia da Mulher, informou que o jovem foi indiciado por lesão corporal leve, ameaça e perturbação da tranquilidade. Ele ressalta que Silva tem passagem por tráfico de drogas e já cumpriu pena de um ano no presídio da cidade. "Foi lavrado do flagrante e ele encaminhado ao presídio, onde vai ficar à disposição da Justiça", afirma.
Raimunda conta que o filho fazia tratamento psiquiátrico, mas largou a ajuda há quase três anos. Além do problema mental, que ela não sabe especificar qual é, o filho seria dependente químico e costuma agredir a família constantemente.
Raimunda revela que a situação ficou pior há pouco mais de um ano, quando o filho passou a usar entorpecentes. A diarista divide a casa com cinco filhos, incluindo o jovem, e seria a única que trabalha para sustentar a família. Ela diz que precisou largar o segundo emprego porque teme que o filho incendeie a casa.
"Ele já tentou colocar fogo uma vez na casa. Não tenho mais nada. Sofro de pressão alta, passei logo mal. Quero que façam um tratamento, para que se voltar, volte tranqüilo e não destrua mais nada. É complicada a vida que tenho", diz.
O G1 tentou falar com a Secretaria de Assistência Social da cidade, mas não obteve sucesso até publicação desta reportagem.
A vizinha e tia do jovem, Raimunda Nolacio Chaves, de 48 anos, diz acompanhar de perto o drama da família. Raimunda acrescenta que alguns vizinhos estariam se mudando do bairro devido as constantes brigas do sobrinho com a vizinhança.
"Se dopa com todo tipo de droga que tem. Bate na mãe, na irmã deficiente. Hoje [quinta, 25] por pouco não matou o irmão dele. A polícia disse que não vai dar jeito, que a família que tem que tomar providências. Como vamos tomar providências? Quando não tem droga para usar, fica revoltado, e quando tem, ficamos sem saber o que fazer", finaliza.
fonte do g1
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