Segundo o delegado Cleiton Lobo, do Grupo de Investigação de Homicídios de Anápolis (GIH), a mãe estava com a filha em uma festa e, na porta do evento entraram em um carro para pegar carona. Ao perceber que o veículo estava cheio, ela saiu e chamou Emanuelle, a puxando para fora. No entanto, segundo a corporação, o carro saiu em alta velocidade com a jovem dentro.
Diante disso, a mãe procurou uma amiga e começou a percorrer toda a cidade atrás da filha. Quase cinco horas depois do desaparecimento ela entrou em uma estrada de chão, mas o pneu do carro furou. Quando ela saiu do veículo para trocar o pneu com a amiga, encontrou o corpo da filha a poucos metros e ficou desesperada. Imediatamente ela acionou a Polícia Militar”, disse o delegado ao G1.
O crime aconteceu na madrugada de domingo, em uma estrada que dá acesso à BR-060, em Anápolis. De acordo com o delegado, a jovem saiu da festa com a mãe 1h, e foi morta meia hora depois. O corpo foi encontrado às 7h. Conforme as investigações, a jovem teve o celular levado pelos criminosos. No entanto, o delegado afirma que o crime pode ter sido motivado por preconceito de gênero.
“Apesar de, a princípio, ser tratado como latrocínio, não descartamos qualquer outra hipótese. Inclusive, que tenha sido um homicídio motivado por ódio de gênero. Ela era uma transexual com traços femininos, tinha seios, mas ainda não tinha feito cirurgia de mudança de sexo. A gente ainda não sabe se eles sabiam ou não que ela era transexual e se isso foi um fator que motivou o sequestro e o crime”, afirmou.
Segundo o investigador, próximo do corpo a polícia encontrou a pedra utilizada para matar a jovem. “Uma pedra enorme. Todos os fatos que envolvem este crime só revelam a tamanha brutalidade com que ele foi cometido”, revelou o delegado.
A Polícia Civil vai analisar imagens de câmera de segurança e ouvir testemunhas para tentar identificar o veículo que foi usado.
Ferido encontrado
O delegado disse ao G1 que no local onde o corpo foi encontrado estava um outro jovem ferido. Segundo ele, o rapaz é um usuário de drogas e já havia sido visto outras vezes na região. No entanto, segundo o investigador, não há indícios de que ele tenha relação com o crime ou tenha sido machucado pelo mesmo autor do crime que matou a transexual.
"Pra gente, até então foi uma coincidência este outro rapaz ferido estar próximo do local. Mas, claro, vamos apurar este fato para ver em qual circunstância cada uma das situações ocorreu", afirmou.
fonte g1.globo.com
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