"A culpa desses transtornos que ocorreram é da empresa". É como a passageira Vera Lúcia de Oliveira, de 34 anos, fala sobre ter agredido a cobradora de ônibus, Erica da Costa Carvalho, de 20 anos, por não entregar o troco da passagem. O caso ocorreu no último dia 7, no Terminal Urbano de Rio Branco. Segundo Vera, a cobradora disse que não tinha o dinheiro e após ela dizer que iria aguardar o troco, a mulher teria iniciado ofensas e agressões verbais e físicas.
A passageira disse que se é um direito do usuário do transporte público, a empresa tem a obrigação de cumprir com a lei. Vera conta que a cobradora mentiu ao dizer que ela começou a agressão. "Eu estava querendo meus R$ 0,40 centavos de troco, e ela disse que não tinha. Se é uma lei, as empresas sabem que devem entregar o troco aos passageiros. Além disso, os cobradores esperam você passar para depois dizer que não tem troco", afirma.
A acusada de agressão, conta que deu entrada com uma ação na justiça contra a empresa e registrou um boletim de ocorrência contra a cobradora, por agressão física e verbal. "Entrei na justiça contra a empresa, alegando que ela é obrigada a dar o troco para os passageiros, está na lei, e a falta de cumprimento me trouxe todos esses transtornos. Nunca passei por essa situação, e ainda foi na frente das minhas filhas", declarou Vera.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte de Passageiros e Cargas do Estado do Acre (Sinttpac), Marco Costa, disse que nada justifica a atitude da passageira, e que o sindicato vai dar toda assistência necessária à cobradora, caso a agressora entre na justiça.
"Nada justifica o que essa senhora fez, até porque tinham outras roletas, a cobradora pediu que ela passasse por outra, por falta de troco, e ela se recusou. Nós temos dois advogados pelo sindicato, neste caso, à disposição da funcionária, vamos defendê-la até o fim", diz Costa.
fonte g1