“Não que eu tenha escolhido o Acre. Aqui é o caminho obrigatório de pacientes como eu. Nos outros estados do Norte não foi possível vencer todas as burocracias. Estou muito feliz que tenha sido assim. Eu foi muito bem recebido e minha documentação, graças a Deus, foi adiantada rapidamente”, conta Robson. “Estou confiante que tudo sairá bem. Conversamos com os médicos e estamos cientes de como tudo vai ocorrer”, disse José Valcir.
A cirurgia marca o Dia Nacional do Doador de Órgão, comemorado nesta quinta-feira. O Estado do Acre foi destaque em reportagens nacionais, segundo as quais os transplantes aumentaram onze vezes na Fundação Hospitalar desde 2006.
O cirurgião Tadeu Moura explica que o estado está credenciado apenas para o transplante de rim e córneas, mas eventualmente tem abastecido o bancos de órgãos de outros estados. “Esta boa notícia se deve a um pequeno grupo de profissionais e ao incentivo do estado para que a estrutura hospitalar fosse melhorada. A tendência é que, num futuro bem próximo, possamos transplantar fígado aqui também”, ressaltou o cirurgião.
O Acre ainda não faz a captação de fígado e coração, em razão da distância para os centros hospitalares que estariam preparados para recebê-los. O traslado não pode ultrapassar 5 horas, segundo recomendações médicas.
O número de doadores de órgãos no Brasil cresce a cada dia e, com ele, o índice de transplantes realizados no país. Atualmente, o programa público nacional de transplantes de órgãos e tecidos é um dos maiores do mundo. Para ser doador, não é necessário deixar documento por escrito. Cabe aos familiares autorizar a retirada, após a constatação da morte encefálica, quando não há mais funções vitais e a parada cardíaca é inevitável.
Postado Por: Fiama Sousa
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