A
invasão de madeireiros peruanos, de pecuaristas brasileiros e até de
seringueiros a terras indígenas dentro do Brasil foi retratada em
reportagem da TV Gazeta, que foi ao ar no telejornal Gazeta em Manchete desta terça-feira, 2.
O
repórter Marilson Maia e sua equipe estiveram em Feijó (a 400
quilômetros de Rio Branco), onde índios kampas seguem acampados às
margens do rio Envira, segundo o presidente da Federação do Povo
Hunikui, cacique Ninawa Huinikui, em razão de uma série de desmandos
causados pela Fundação Nacional do Índio.
Ele denuncia uma série
de ingerências da Funai e de outros órgãos do Governo Federal ante a
invasão de seringueiros, madeireiros e pecuaristas às terras indígenas
de quatro etnias diferentes na região de Tarauacá e Feijó.Segundo Ninawá, há relatos de que houve quatro mortes entre os próprios índios há menos de um mês, por causa da ingestão de álcool de forma indiscriminada, nas aldeias.
Um dos sobreviventes é Carlos Kulina, que esteve internado no Pronto Socorro de Rio Branco, após ser esfaqueado na aldeia e removido no helicóptero do Governo até Rio Branco.
Ninawá Hunikui denuncia também preconceito dos técnicos em saúde com os índios da etnia Mardha.
Segundo Ninawá, por serem mais “brutos”, por assim dizer, do que outras etnias, os técnicos contratados pela Funasa deixam de prestar assistência médica a eles. “Por causa disso, há um mês, um desses técnicos teria sido baleado por um índio Mardha”.
Em Feijó, o chefe substituto da Funai, José Augusto Brandão, confirma que há confrontos entre os índios, mas que programas sociais como o bolsa-escola, que fornecem dinheiro aos índios, é o principal motivo para que saiam de suas aldeias e venham se instalar nas praias da cidade.
“Eles não querem mais permanecer nas aldeias. A interferência desses benefícios está causando esta migração", conta Brandão.
Na delegacia de Feijó, o delegado Alex Banny não confirma nenhum registro de agressão.
fonte gazerta net
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