Justiça determina prisão preventiva de sargento que matou jovem no AC

Rapaz faleceu após ser atropelado por sargento da PM (Foto: Andressa Souza / Arquivo Pessoal)
O flagrante do sargento da Policia Militar (PM), acusado de ter atropelado e matado um jovem na última terça-feira (10,} Rio Branco  foi convertido em prisão preventiva nesta semana. 
O sargento conduzia uma caminhonete na Rua Isaura Parente quando colidiu com uma motocicleta e a arrastou por aproximadamente 10 km, só parando quando foi interceptado por uma viatura da polícia. O motoqueiro Alexandre Pinheiro da Silva, de 21 anos, não resistiu à gravidade dos ferimentos e morreu no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb).
De acordo com promotor de justiça Rodrigo Curti, a intenção do Ministério Público (MP-AC), que solicitou a conversão, é que o policial aguarde o julgamento preso. "Ele é um policial militar e a conduta dele foi extremamente gravosa e colocou em risco a sociedade", diz.
Curti diz ainda que, a princípio, o MP identificou três crimes: homicídio doloso qualificado, embriaguez ao volante e desobediência. "Por se tratar de uma prisão em flagrante, a polícia tem dez dias para concluir o inquérito, após a conclusão, o documento é entregue ao MP e vamos oferecer denúncia. Em tese, o sargento, o réu, incorreu na prática de três delitos", explica  Sobre o sargento estar preso no quartel da Polícia Militar, o promotor diz que a decisão é por parte do juiz e que não vê motivos para isso. "Nós entendemos que não há motivos para ele estar preso em sala de estado maior, porque ele não tem nenhum benefício, nenhuma prerrogativa de função. Acredito que o juiz vai acatar a solicitação do MP e encaminhá-lo ao presídio local". 
O juíz, porém, determinou que o preso preventivo, por ser sargento PM, possui prisão especial e deverá permanece no Quartel do Comando Geral da polícia Militar. Porém, de acordo com a determinação, fica expressamente proibido que o sargento permaneça em local onde tenha subordinados ou vínculo pessoal com demais militares.
O coronel José Anastácio, comandante da Polícia Militar, disse que o policial encontra-se recolhido no quartel e espera determinações judiciais sobre o caso. "Agora, todo e qualquer passo dele está nas mãos da justiça", diz.  Procurada pelo G1, a coronel Maria do Perpétuo Socorro, esposa do sargento preso, afirma que a família lamenta o ocorrido, mas prefere não comentar o caso. "Preferimos sofrer em silêncio", diz.  
fonte g1