Fotógrafo flagra sucuri gigante em seringal no interior do Acre


Homens da comunidade seguram sucuri gigante (Foto: Jardy Lopes/ Arquivo pessoal)Uma cobra gigante foi encontrada no dia 19 deste mês, no Seringal União, distante cinco horas do município de Tarauacá (AC), em uma viagem de barco motorizado. O fotógrafo Jardy Lopes, responsável pela foto da sucuri, conta que estava trabalhando com a equipe de saúde da prefeitura quando um grupo de moradores da comunidade falou que tinha avistado o animal no campo.
"Um morador disse que a cobra tinha passado próximo a casa dele, quando uma criança estava passando para brincar no campo e viu", conta. 
De acordo com o fotógrafo, o animal tinha 6,40m. Ele não sabe informar o que aconteceu com o animal, pois partiu antes que os moradores decidissem o que fazer, mas acredita que a cobra possa ter sido morta.
"Eles não queriam soltar, porque tinham medo da cobra voltar e tentar comer o gado ou fazer algum mal para as crianças. Ela estava amarrada, porque estava com fome e estava atrás dos bois, até a hora que fui embora da comunidade ela ainda estava viva", diz.
O professor doutor Moisés Barbosa de Souza, do Centro de Ciências Biológicas e da Natureza da Universidade Federal do Acre (Ufac), explica que a cobra é da espécie Eunectes murinus, conhecida popularmente como sucuri, sucurijú, sucurijuba, anaconda e pode chegar a até a dez metros.
"Pertence à familia  Boidae, uma espécie com ampla distribuição na América do Sul, pode atingir mais  de dez metros de comprimento, sendo a maior serpente do mundo em termo de corpulência", diz.
A dieta alimentar das sucuris geralmente é baseada em pequenos e médios animais que vão desde peixes, anfíbios, outros répteis como (jacarés e tartarugas), aves e mamíferos (porcos, cachorros, bezerros, potros, veados, capivaras, cutias, pacas, tamanduás e outros).
Segundo o especialista, há um mito de que a cobra pode conseguir se alimentar de animais grandes, como boi ou seres humanos
"Entretanto,  não há fatos verdadeiros com relação a esses mitos. Ataques dessa espécie a seres humanos devem ser raros, mas não impossível. São animais não agressivos e lentos, entretanto, causam medo às populações. Se faz necessário um trabalho de conscientização e educação ambiental à população, para preservar esses animais e não cometer atos brutais muitas vezes levando a  morte deles", afirma. 
fonte g1