Condições da BR-364 faz procura por passagens de ônibus cair

Quem precisa sair de Cruzeiro do Sul rumo a Rio Branco pela BR-364 tem pensado duas vezes antes de comprar a passagem de ônibus. É que a falta de infraestrutura em trechos da rodovia, além de tornar a viagem ainda mais cansativa tem dobrado o tempo de viagem. Se antes o trajeto era feito em 10 horas, hoje leva até 20 horas, ou seja, quase um dia inteiro.
E isso tem refletido na compra dos bilhetes. As agências do município estimam uma queda de até 30% nas vendas, nos últimos três meses.
Francisco Virgulino Morais, gerente de uma das empresas que operam no trecho, lamenta o prejuízo.  “Tivemos uma redução de cerca de 30% em relação aos três primeiros meses do ano passado. Hoje, antes de comprar uma passagem, o cliente já pergunta quanto tempo está demorando a viagem. Atualmente fazemos em média em 16h. Isso quando não acontece nenhum imprevisto, como chuva forte ou quebra de alguma peça. Quanto tem alguma complicação esse tempo é indeterminado”, diz.
Ele diz que há dias em que os veículos saem com apenas metade da capacidade para passageiros. “Ônibus que viajava com 44 passageiros, está saindo daqui com uma média de 29 a 30 passageiros. Nós operamos dia e noite. Antes nos carros que trafegavam de dia saíamos com 25 passageiros. Hoje saímos com 12, 14. À noite a procura é maior. As pessoas dão mais prioridade para viajar à noite, pois veem menos a viagem”, explica.
Alciene Fonseca do Nascimento, de 34 anos, diz que já levou até dois dias para chegar em Rio Branco e hoje evita viajar neste período mais crítico.
“Teve uma vez que saí daqui e o ônibus quebrou antes de chegar em Tarauacá. Esperamos por conserto, trocamos de carro em Tarauacá, quando chegamos ao meio da viagem o ar condicionado quebrou, depois o carro deu uma pane e demoramos dois dias para chegar em Rio Branco. Pior é ter dinheiro e não conseguir comprar nada para comer. Por causa dessa buraqueira, os carros quebram, prefiro evitar a viajar nesse período. Do jeito que está não tem condições de viajar não”, diz. 
Para o gerente Francisco Virgulino, o trecho mais complicado fica entre Tarauacá e Feijó. “A coisa está complicada. O trecho que estava crítico ano passado entre o Rio Liberdade e Tarauacá foram melhorados. Agora o trecho de Tarauacá ao Purus piorou bastante. O trecho de 45 km entre Tarauacá e Feijó que era percorrido em 1h, hoje demoramos entre 2 e 3h”.
fonte  g1

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