Família acusa médico de perfurar bexiga de mulher em hospital no AC

A família de Táfaty Teixeira de Souza, de 25 anos, acusa um médico do Hospital do Juruá, em Cruzeiro do Sul, de negligência. Segundo os familiares, a jovem teria tido a bexiga perfurada pelo profissional, durante o parto de um bebê prematuro. O procedimento, segundo a família, teria sido feito às pressas para que ele não perdesse o voo que o levaria de volta para Rio Branco. A direção da maternidade nega as acusações e diz que o estado da paciente era delicado.
“A Táfity entrou na maternidade na segunda-feira (14) com sangramento, dor no corpo e frio. Os médicos fizeram exame de malária e deu negativo. A médica disse que ela estava com infecção. Às 19h30 de terça (15), ela entrou na sala de cirurgia e saiu às 4h de quarta (16). O médico retirou a criança, costurou ela [Táfity] e fechou. Disse que tinha que viajar e não podia perder o voo", conta Maria Angélica da Silva, amiga da jovem que acompanha o caso.
Após o parto, a jovem, que teve o bebê aos oito meses de gestação, teve complicações e precisou passar por outra cirurgia, sendo transferida em estado grave para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital do Juruá.
"Outro médico entrou de plantão, abriu minha filha novamente, retirou o útero e fez uma correção na bexiga dela que estava furada. Quero uma providência quanto a este médico que fez isso com minha filha. Vamos pedir que a Justiça investigue o que aconteceu", afirma a mãe da jovem, Edilene Espanhol Teixeira, de 42 anos.
A diretora-técnica da Maternidade, Josiane Tonussi, diz que a jovem entrou na maternidade apresentando sangramento no terceiro trimestre de gravidez e o médico viu a necessidade de fazer a cirurgia devido um sangramento e perda de líquido.
“Não houve negligência ou mau atendimento. O médico foi feliz ao submeter a paciente à cirurgia e, mesmo ela estando na UTI, pode ter salvado a vida dela. Ela teve descolamento prematura de placenta. A paciente teve uma perfuração de bexiga durante a cirurgia, que foi suturada e não contribuiu para o agravamento do quadro", afirma.
Josiane explica ainda que o segundo médico percebeu que a jovem seguia com problemas e por isso fez uma nova cirurgia.
“Ele percebeu que o útero estava parado, não estava contraído. Isso é indicação de retirada imediata do útero. Isso foi feito para salvar a vida da paciente. Não havia nenhum sinal de lesão em nenhum órgão, não havia hemorragia em virtude da cirurgia prévia. Havia uma evolução de hemorragia em função do descolamento prematuro da placenta”, finaliza.
fonte  g1.globo.com

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