O segundo debate de TV entre os candidatos que disputam o governo do
Acre, transmitido pela TV Rio Branco, canal 8 – afiliada do SBT,
realizado em Rio Branco, não apresentou muitas novidades em termos de
propostas.
Sebastião Viana (PT), Márcio Bittar (PSDB), Tião Bocalom (DEM) e
Antônio Rocha (PSOL) focaram nos problemas nas áreas de saúde e
segurança pública, tornando repetitivos vários momentos nos quatro
blocos de perguntas.
Os candidatos de oposição tentaram encurralar o governador Sebastião
Viana, com as perguntas sobre a área de saúde. Viana por sua vez tentou
demonstrar conhecimento dos investimentos e números da economia do
Estado.
No primeiro boco, Márcio Bittar perguntou a Sebastião Viana, qual
seria seu plano de combate ao tráfico de drogas. Viana destacou que seu
governo contratou mais policiais que todos os governos da oposição.
Viana elogiou as policiais e disse que o sistema integrado em seu
governo é eficiente. Ele destacou ainda os investimentos do governo
federal para combater o tráfico de drogas que entram no Acre pelas
fronteiras com a Bolívia e Peru.
O tucano Márcio Bittar tentou provocar Viana, afirmando que em seu
governo, ele não vai ter ninguém passando a mão na cabeça de estuprador e
traficante” nem iria distribuir apitos à população, como projeto de
combate á violência.
Bocalom também pressionou Sebastião, questionado sobre a saúde de
primeiro mundo, supostamente prometida pela administração petista. Viana
refutou e disse que o termo teria sido uma invenção do empresário
Narciso Mendes.
Bittar fica nervoso quando Sebastião cita nome de seu irmão
Em determinando momento do debate, o candidato tucano Márcio Bittar
afirmou a Sebastião Viana (PT) que nunca fez parte de nenhum grupo que
já governou o Acre e citou o nome de Wildy Viana, pai de Sebastião, como
membro dos governos da oposição, grupo acusado pelo PT de ter “quebrado
o Estado”. Em resposta, Sebastião disse que Bittar sempre esteve ligado
aos governos da oposição quando seu irmão Mauro Bittar, foi secretário
no governo de Flaviano Melo, e teria sido um dos principais envolvidos
na quebra do Banco do Estado do Acre (Banacre) com a criação da conta
Flávio Nogueira.
Nervoso, Bittar disse que seu irmão foi inocentado das acusações de
fraude e iniciou um bate-boca com Sebastião Viana que atrapalhou o
andamento do debate por alguns minutos.
Percebendo que Bittar estava com os ânimos alterados, Sebastião
perguntou para seu adversário o que era equilíbrio financeiro atuarial,
que tratava da emenda 40 na qual Viana foi relator enquanto senador.
Márcio não soube responder a pergunta e afirmou que era humilde o
suficiente para reconhecer isso, Ele tentou amenizar a situação falando
dos valores da família e do trabalho que ele vem exercendo em sua
carreira política.
Bocalom tira proveito da briga entre Sebastião e Bittar
O candidato Tião Bocalom, mais um vez tirou proveito do clima de
animosidade entre Sebastião e Bittar. Viana questionou oposicionista
sobre “a visão negativa” dos candidatos que não conseguem nem enxergam o
esforço dos policiais”
Bocalom afirma que os comerciantes e a população teriam trocado de
lugar com os bandidos e estariam atrás das grades no lugar dos
bandidos. Viana rebate e alfineta o oposicionista apenas atacam sem
apresentar proposta reais.
Sebastião questiona ainda os índices de violência de outros estados
administrados pelos partidos dos candidatos de oposição. Bocalom
retrucou e disse que seria candidato ao governo do Acre, não ao governo
de São Paulo.
O oposicionista Bocalom também se esforçou para não falar de
Acrelândia, mas citou ainda o distrito industrial que ele teria
construído no município. Viana tentou desclassificar Bocalom, afirmando
que ele faliu os negócios que montou.
Viana disse que o distrito industrial citado por Bocalom não existia.
O democrata disse que Sebastião endividou o Acre. Viana por sua vez,
convidou Bocalom para conhecer o Acre que ele não conhecia e os
investimentos realizado pelo seu governo.
Rocha foi simplório, mas seguro nos ataques
O candidato do nanico PSOL não poupou os demais candidatos pelos
ataques sucessivos durante o debate. Para ele o “processo de
culpabilizar e nunca se chega a um denominador comum é prática entre os
demais candidatos”.
Bittar rebateu Rocha e afirmou que “a campanha não pode ser um jogo
de fantasia, precisa elucidar a verdade. Quem está completando 16 anos
de governo é o grupo do PT. Se há alguém que tem que ser questionado é o
governo do Acre.
Sebastião Viana pediu que Rocha falasse sobre o programa Mais
Médicos. “É um programa emergencial, mas não vai resolver o problema de
saúde. Temos que abrir vagas nas universidade. O Mais Médicos é uma
medida paliativa.
Sebastião concordou com o candidato do PSOL. Viana disse que o
programa é um ponto de partida para uma ação emergência, mas atendeu
mais de 50 milhões de brasileiros. “Há médicos em todos os municípios
atendendo”, disse Viana.
A ponte do Madeira voltou a ser cobrada pelos oposicionistas
Marcio Bittar disse que a alagação teria revelado as fragilidades no
setor produtivo do Acre. O tucano afirmou que a ponte não seria iniciada
no atual governo e os quilômetros de pista inundados não seriam
elevados.
Sebastião justificou que a cada 300 anos, acontece uma enchente
destas proporções. “Em setembro estará iniciando a construção da ponte
do madeira e a elevação da pista, alfinetando FHC que teria negado uma
emenda sua para ponte.